Mas ela... Ela é linda. Do
Ela não é perfeita, mas é inteligentíssima. Você admira ela. O jeito dela, as ideias dela, a forma com que ela ri, admira as pessoas admirarem ela. Ela corre pra brincar com o cachorro, ela tem amigos homens e mulheres, ela usa All Star. Ou um sapato de plástico vermelho que deixa ela parecida com a Dorothy. É, mas uma vez ela te disse que a Dorothy nunca usou sapato vermelho.
Ela gosta de ler, ela discute de futebol e política à novela e moda. Ela se entusiasma a falar da profissão e você repara os olhos brilharem quando ela diz "as minhas crianças". Aliás, ela adora criança. Ela pinta o nariz, pinta a cara. E você admira ela por isso. Por ela ser diferente. Diferente das outras que você conheceu. Diferente das pessoas em geral. Diferente até mesmo de você.
Ela é divertida, é espontânea, não para de falar um segundo sequer. Ela fica passando na frente da TV quando você assiste o jogo do seu time. Ela demora pra se arrumar pra vocês saírem e te dá um toque pra você ligar pra ela porque ela tá sem crédito. Ela chora, se irrita, briga com você e no final... você descobre que era apenas tensão pré-menstrual. Ela é chata quando você bebe, reclama quando você corre com o carro e tem crise de ciúmes quando uma bunda passa do seu lado.
Mas ela joga futebol e video game com você, enturma com os seus amigos, come pizza sem reclamar da dieta, faz brigadeiro de colher sem se preocupar se vai engordar ou não. Ela faz guerra de travesseiro, quer ir trocando as marchas do carro enquanto você dirige, te faz rir a todo momento. Ela te ouve, te dá conselhos. Ela não tem vergonha da própria opinião. Ela aprende com você que a melhor forma de parar de brigar é calar a boca do outro com a própria boca.
Aí, de repente toda mulher fruta, toda mulher bunda ou peito, todo estojo de maquiagem ambulante ou chapinha de pernas e braços desaparece da sua vida. E do seu campo de visão. Todo mulherão da balada passa desapercebido perto da sua menina. Você percebe que está maduro o suficiente pra ser seletivo. E se sente honrado de ter colhido uma das "maçãs do topo".
Aquelas que poucos beijaram e/ou tocaram, aquelas que vão ao cover da banda preferida ao invés de baladas comuns. Aquelas que são vaidosas pra elas mesmas. Que usam maquiagens, cuidam do cabelo pra se sentirem bem e não para competir. Aquelas que se valorizam. Aquelas que trocam balada pelo aniversário de dois anos do priminho. Aquelas que contam histórias da vó e fazem questão de te apresentar pra toda a família. Aquelas que não aceitam passar o ano novo numa festa badalada pra passar com a família. Pra dar o primeiro abraço de ano novo nos pais e irmãos. Que troca sair com você pra ficar com a amiga que terminou o namoro.
E você admira tudo isso. Afinal, tem como gostar de verdade de quem você não admira? E tem como admirar alguém que não se dá valor? Que não dá valor nos pais? Que não valoriza os amigos e a própria profissão?
Você admira ela cada vez mais e mais... Até que se dá conta de que não é mais admiração. É amor.
Puramente amor."
Amigo Imaginário
Bom, pra quem não sabe, eu tenho 3 amigos imaginários. Nenhum é imaginário ou pseudônimo propriamente dito, como vocês podem pensar. Eles existem, para mim e para muitos pelo menos. Entretanto, foi dado a eles um apelido generalista. O Amigo desta vez adotou como nome artístico, eu acho ó que chique. Quem os conhece sabe de quem se trata, mas como ele mesmo assinou assim, desta forma vou deixar. =)
"E eu tive tudo sem saber quem era eu... Eu que nunca amei a ninguém, pude então, enfim amar!"
Los Hermanos
PS: Mandem seus textos pra cá também! =)
PS2: Mais uma vez o blogspot ficou de mal comigo e não quis brincar de se comportar pra eu formatar o texto.