Ninhá!
Oi pessoas! =) Hoje atualizo o blog com um texto que não é meu, mas foi deixado de surpresa na minha caixa de rascunhos. Espero que gostem! Eu achei belíssimo!


"Ela não é a mulherão que habita os sonhos (nada puros) de todo homem. Ela não é alta e nem a mais magra. Muito menos tem o bumbum da mulher melancia. Não, ela não é uma mulher fruta e jamais seria. Ela não é a mais maquiada ou a do cabelo alisado e sem fio algum fora do lugar. Tampouco a do maior salto fino ou da saia mais curta. Ela não é a do vestido colado ou a do maior decote. Ela não é bronzeada ou tem olhos claros. Ela não sensualiza, não dança até o chão, não fica bêbada. Ela diz não. Ela não fica ou beija qualquer um. Ninguém que ela não ama toca o corpo dela. Ela não é a do cabelo tingido ou a do penteado mais 'descolado'. Também não é propaganda da marca de roupa mais cara.


Mas ela... Ela é linda. Do baixo  alto do seu um metro e pouco mais de meio, ela tem um rostinho lindo. Ela tem o o cabelo natural, o rosto com pouca ou sem nenhuma maquiagem. O bronzeado de palmito no inverno. Mas quando ela ri, e ela ri muito, aparece duas covinhas no rosto. Ela tem o olhar iluminado, a voz macia. Ela não faz questão de parecer mais alta. Ela reclama dos pneuzinhos que você sequer repara. Ela tem as pernas grossas. Ela tem TPM.
Ela não é perfeita, mas é inteligentíssima. Você admira ela. O jeito dela, as ideias dela, a forma com que ela ri, admira as pessoas admirarem ela. Ela corre pra brincar com o cachorro, ela tem amigos homens e mulheres, ela usa All Star. Ou um sapato de plástico vermelho que deixa ela parecida com a Dorothy. É, mas uma vez ela te disse que a Dorothy nunca usou sapato vermelho.


Ela gosta de ler, ela discute de futebol e política à novela e moda. Ela se entusiasma a falar da profissão e você repara os olhos brilharem quando ela diz "as minhas crianças". Aliás, ela adora criança. Ela pinta o nariz, pinta a cara. E você admira ela por isso. Por ela ser diferente. Diferente das outras que você conheceu. Diferente das pessoas em geral. Diferente até mesmo de você.
Ela é divertida, é espontânea, não para de falar um segundo sequer. Ela fica passando na frente da TV quando você assiste o jogo do seu time. Ela demora pra se arrumar pra vocês saírem e te dá um toque pra você ligar pra ela porque ela tá sem crédito. Ela chora, se irrita, briga com você e no final... você descobre que era apenas tensão pré-menstrual. Ela é chata quando você bebe, reclama quando você corre com o carro e tem crise de ciúmes quando uma bunda passa do seu lado.


Mas ela joga futebol e video game com você, enturma com os seus amigos, come pizza sem reclamar da dieta, faz brigadeiro de colher sem se preocupar se vai engordar ou não. Ela faz guerra de travesseiro, quer ir trocando as marchas do carro enquanto você dirige, te faz rir a todo momento. Ela te ouve, te dá conselhos. Ela não tem vergonha da própria opinião. Ela aprende com você que a melhor forma de parar de brigar é calar a boca do outro com a própria boca. 


Aí, de repente toda mulher fruta, toda mulher bunda ou peito, todo estojo de maquiagem ambulante ou chapinha de pernas e braços desaparece da sua vida. E do seu campo de visão. Todo mulherão da balada passa desapercebido perto da sua menina. Você percebe que está maduro o suficiente pra ser seletivo. E se sente honrado de ter colhido uma das "maçãs do topo". 
Aquelas que poucos beijaram e/ou tocaram, aquelas que vão ao cover da banda preferida ao invés de baladas comuns. Aquelas que são vaidosas pra elas mesmas. Que usam maquiagens, cuidam do cabelo pra se sentirem bem e não para competir. Aquelas que se valorizam. Aquelas que trocam balada pelo aniversário de dois anos do priminho. Aquelas que contam histórias da vó e fazem questão de te apresentar pra toda a família. Aquelas que não aceitam passar o ano novo numa festa badalada pra passar com a família. Pra dar o primeiro abraço de ano novo nos pais e irmãos. Que troca sair com você pra ficar com a amiga que terminou o namoro.


E você admira tudo isso. Afinal, tem como gostar de verdade de quem você não admira? E tem como admirar alguém que não se dá valor? Que não dá valor nos pais? Que não valoriza os amigos e a própria profissão?
Você admira ela cada vez mais e mais... Até que se dá conta de que não é mais admiração. É amor. 
Puramente amor."
Amigo Imaginário


Bom, pra quem não sabe, eu tenho 3 amigos imaginários. Nenhum é imaginário ou pseudônimo propriamente dito, como vocês podem pensar. Eles existem, para mim e para muitos pelo menos. Entretanto, foi dado a eles um apelido generalista. O Amigo desta vez adotou como nome artístico, eu acho ó que chique. Quem os conhece sabe de quem se trata, mas como ele mesmo assinou assim, desta forma vou deixar. =)

"E eu tive tudo sem saber quem era eu... Eu que nunca amei a ninguém, pude então, enfim amar!"
Los Hermanos



PS: Mandem seus textos pra cá também!  =)
PS2: Mais uma vez o blogspot ficou de mal comigo e não quis brincar de se comportar pra eu formatar o texto.



Ninhá!
Talvez... Talvez se não tivesse sido amor à primeira vista... Aliás, talvez se não tivesse sido amor!
Se fosse apenas paixão, fogo, passageiro... Mas não. Era amor. E tinha vindo pra ficar. Aliás, já viu amor ir embora? A pessoa até se vai, segue outro rumo. Mas o sentimento fica, latente, por vezes adormecido simplesmente porque as almas se encontraram. Mas não era o momento e nem o lugar.

Não era o momento, nem o lugar e muito menos a circunstância. Mas elas se encontraram. E desse encontro sugiram muitas coisas. Um olhar, um sorriso, uma troca de palavras, um abraço. Um beijo, talvez. Tarde demais. Já era amor.

Talvez se não tivesse acontecido. Se eles não tivessem a sorte de estarem no mesmo lugar ao mesmo tempo. Ou se não tivessem se notado. Ou se estivessem ocupados demais para notar os rostos em volta de si mesmos. Talvez se a memória fosse fraca, a timidez enorme, a ousadia pouca.

Às vezes a gente se pega passando e sentindo coisas que a gente já viveu ou sentiu. Dejà vù ou estão realmente se repetindo? Será que deixamos algo nos escapar da primeira vez? E se a gente tivesse a oportunidade de fazer diferente? De abrir o jogo, de falar a verdade, de perdoar. De contar por quê fez certas coisas ou porque não as fez. De passar por cima, aceitar embora não concordando, responder o que ficou entalado na garganta. E se eu falasse tudo aquilo que queria? Se eu fosse embora, desistisse de tudo ou investisse em algo inimaginável?

Talvez se eles tivessem desistido no primeiro obstáculo. Talvez não houvesse saudade. Não houvesse vontade de estar junto. Não haveria lembranças de manhãs de domingo, de pé no chão, de conversas embaixo de uma árvore, de deitar na grama. Não haveria segredos, conversas por olhares. Não haveria recordações de momentos mágicos, de pedido para estrela cadente, de lençol desarrumado, cabelo no peito, respiração perto. Não haveria cartas, bilhetes, cartões, boneco, flores. Não haveria choro, despedida e nem mágoa. Não haveria planos.

Talvez algo estivesse errado. Talvez eles erraram em algo. Mas como admitir que errado era algo que parecia tão certo? Talvez houvesse muita interferência, muita coisa escondido, muitas satisfações a dar.

Quando a gente dá muita satisfação da nossa vida, as pessoas se sentem no direito de cobrá-las cada vez mais. Para ele, a menina dos sonhos. Para ela, o famoso amigo imaginário, como quem não o conhece o chama. Ele sonhador, ela louca. Não, não. Ele apaixonado, ela entregue. Que importam os que não os conhecem? Nada. Absolutamente nada. Que ela fosse um sonho e ele imaginário. Eles existiam. Dentro da realidade um do outro. E dentro da realidade de quem importava a eles.

Talvez a vida não teria virado de pernas para o ar. Talvez não teria se descoberto um sentimento. E a possibilidade de guardá-lo a sete chaves, para o destino. Para o amanhã ou mesmo para uma outra vida.

Talvez. Talvez nem fosse pra acontecer. Mas um dia eles se encontraram. E quem garante que não vão se encontrar novamente? Talvez não hoje, nem amanhã ou depois. Mas irão.

Talvez não fosse o destino deles permanecer juntos. Mas eles se encontraram e não por mero acaso. Talvez sigam rumos diferentes, o que não significa que não serão felizes. Pode ser que eles tinham que se encontrar, mas não permanecer.

Pode ser que haja um novo amor à primeira vista. Ou que velhos amores retornem numa segunda visão.
Nunca se sabe.

“Muitas pessoas têm a ideia errada do que constitui a verdadeira felicidade. Ela não é alcançada através da auto-satisfação, mas através da fidelidade a um propósito digno.” 
Helen Keller


PS: Força, Larii! Tô com você e não abro! Força e fé, mulher!
PS2: Leia o texto ao som de The Other Side of the World, da Kate Tunstall.