Ninhá!
Fim de 2010. Que seja muito bem-vindo 2011! Que este novo ano seja repleto de alegrias, realizações, força, fé, PAZ, amizades verdadeiras, AMOR e apredizados.

Fazendo uma restrospectiva desse meu ano, cheguei à conclusão de que foi um ano, no mínimo, tenso. É. Coisas demais acontecendo, reviravoltas, caídas de máscaras, viagens, problemas.

Começou muito bem (IRONIA MODE ON) com aula em janeiro! E, se por um lado até em janeiro tive aula... Nesse ano letivo, juntamente com todos os outros componentes do CA e do curso de fisioterapia, ajudei a evitar mais uma greve desnecessária. Ufa! Janeiro de 2011 está livre para férias!

Noites em claro estudando (AHAM! =p), festas, faculdade, correria, Centro Acadêmico, reuniões, Vagalumes, Liga de Infectologia, congressos e simpósios. Ahhh! Meu primeiro ano como veterana da faculdade! E eterna bixete da vida...

Preocupações com pessoas amadas. Tive dois ENORMES sustos este ano. Com dois amigos. O primeiro foi mais que um susto. Não é triste quando você passa tanto tempo sem receber notícia de uma pessoa querida e quando recebe uma... Bem, é a mais desconexa e triste do mundo? Orações, pensamentos, pedidos, choros, busca de notícias e respostas, falta de ambas. A única coisa que sei é que ele está bem. No entanto, tenho enorme vontade de procurá-lo, de conseguir falar com ele, mas não tenho meios e nem sei como poderia. Querido amigo, FORÇA SEMPRE!

O segundo susto foi terrível também. Um acidente. Um grande amigo em coma. Cirurgias, notícias desencontradas. Um pequeno descuido e alguém que costuma salvar vidas quase perdeu a própria. Orações, choro, pedido, busca de notícias. Choro de novo. Desespero. Luz. Ele voltou. Problemas. Visitas no hospital. Quantas vezes engoli o choro! Sabe quando até dói a garganta? Acompanho de pertinho o "renascimento" dele agora. Conversei com uma professora e ela disse que é um processo longo e lento mesmo. Pouco me importa o tempo, contanto que ele fique bem. É bem visível os progressos nos movimentos das mãos, no andar ainda que com dispositivos auxiliares... Na fala! Como senti falta da sua voz, irmão!

2010 também trouxe o fim de uma promessa. Como muitos fins por aí, foi um final ruim, mas ainda assim trouxe bons resultados. Peraí. Eu disse ruim? Nããão! eu quis dizer bom! Ou no mínimo meio a meio. Eu estou livre agora. Sem precisar esconder nada mais. Sem precisar camuflar ninguém e nem lidar com paixonites e ficar com meu próprio coração na mão. Não precisarei mais omitir. Digo omitir porque não considero mentira quando você "mente" pra proteger pessoas que você ama (desde que você tenha razão, é óbvio. Não me venha querer defender um assassin@ simplesmente porque você é insan@ de gostar dele)
Se o fim foi meio trágico, foi por falha minha. Mas olha que modéstia à parte, eu poderia trabalhar no FBI. Ou na CIA. =p O importante é que deu certo, enfim.

Curitibaa! Aaahhhh Curitiba! Apesar de estar meio dodói quando fui pra lá, foi uma experiência mara viajar com o Triplex! E mais: num Congresso INTERNACIONAL de PEDIATRIA! Siiim! Pediatria! Organizado pelo Hospital Pequeno Príncipe (referência em tratamento Pediátrico), este congresso é realizado a cada 5 anos e eu tive a oportunidade de prestigiar esse evento tão MAAAARA! E na companhia do Triplex! Mas evento à parte, eu adooorei passear no "busããão" de turista e todos os passeios propostos pelo primo!

Encontro de Medicina Esportiva da USP de Ribeirão. Simplesmente MARAVILHOSO! Reencontros! Contatos! Pude conviver mais com a Ju (02) e com a Thá (03). E foi maravilhoso passar esse tempo juntas e conhecer mais elas.

2010 também trouxe baixarias no seu final, acusações e muuuitos "amigos imaginários". Definitivamente não sei escolher inimigos por caráter. Mas oras, se eu conheço alguém de bom caráter, é pra ficar ao meu lado, oras! Se é de má índole, baixaria... XÔ ENCOSTO! =p

Regime novo (não! não esperei 2011 chegar) já rendendo resultados, laços cada vez mais firmes com a Petroni e a Pelê...

Atos com os Vagalumes, último LHc do ano inesquecível, reencontro com o Alê, telefonemas da Marii e do Roddy... E de repente me sinto ainda mais próxima dos meus verdadeiros amigos.

Aproveito pra citar alguns aqui (desculpe se esquecer de alguém. Quem é meu amigo SABE que é meu amigo): prima Nicole, mamãe Lívia, Marii (a menina imaginária dos cabelos roxos), Thá, Mandão, Micael (ei! você me fez chorar com seu scrap de níver!), Danilo (Parça), Jéh, And, Tamy, Mel, mamãe Ju, Camila, Ligia, Marcelo, Roddy, o cara do Ipê Branco, Alê (ssandro), Mateuzyn, Alê (xandre), Aninha, Pulguenta, Lê, Vitor, Marcell, Danna, Dany, Tata, Padrinho...

Perdi um grande amigo esse ano também. Vocês conhecem, já falei dele por aqui. Te amo, amigo! A gente tá junto sempre! E seus conselhos me fazem falta demais demais demais! Fica bem, tá?

Revendo tudo isso (claro que falta muuuuitão ainda), chego à conclusão que muitos devem já ter chegado: quem passa não é o ano. Somos nós. É, parceir@! Somos nós que passamos todos os dias, é a nossa vida que passa. É o nosso tempo que escorre por entre as nossos dedos. Portanto, quem nasce a cada ano, junto com a virada somos nós mesmo. Sim!
Para quem faz aniversário justamente no último dia do ano, talvez isto seja mais perceptível. Explico: O ano "vira" e a nossa idade também. Logo, a meu ver, a percepção do tempo é mais clara... E sutilmente mais dolorosa.

2011? Não sei como será. Mas espero que nossas promessas de final de ano dure por todo ele!
Que a saudade tenha fim, que o amor seja exaltado no coração de todos, que nós possamos ver e sentir menos absurdos, ódio e vingança, que os noticiários tragam mais notícias boas, que a vida seja respeitada, que quem chora encontre conforto, que as dores transformem-se em aprendizado e esperança, que o mal seja derrotado.

Sonhe, corra, dance, estude, seja quem você é, ame, aproveite as oportunidades, se valorize mais, siga seus valores, chore, ria, sorria, gargalhe, pule, seja um voluntário, doe sangue, dê mais valor às pessoas, aumente sua auto-estima, dê ombro amigo, ouça, fale o necessário e saiba calar-se também, aprenda, realize sonhos, nunca perca a ternura, cuide das crianças e dos idosos, faça a diferença...

E o principal: Apaixone-se TODOS OS DIAS pela vida. Conquiste e deixe-se conquistar por ela.

FELIZ 2011!

"Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."
Carlos Drummond de Andrade - Receita de Ano Novo.
Ninhá!
É! Eu sei que a minha postagem tá meio passada já mas eu estava em Bauru, na casa dos meus avós, onde comemorei o Natal.

E vocês, como passaram esta data tão especial?

Pensei muito esses dias em como escrever um texto sobre o Natal procurando fugir do clichê, do comum, do... Mas bem! É Natal e Natal é Natal, oras.

O que eu queria falar mesmo é que ao longo destes meus quase 20 anos (dia 31 tá aí já, gente!) o Natal foi cada vez mais perdendo toda aquela preparação. Explico: quando eu era pequena (digo, mais nova), eu estudava numa escola católica (por isso não poderei generalizar pois não sei se todas as escolas são assim). E quando chegava em novembro a gente já começava os preparativos para as comemorações de Natal.

Siiim! Trabalhinhos montando presépios, ensaios de músicas tocadas na flauta doce e cantadas, teatros sobre a vida de Jesus, leituras de textos sobre o nascimento do menino Jesus (meu preferido é o da Turma da Mônica!), amigos-secretos, lanches comunitários de confraternização... E tudo isso me fazia sentir mais o Natal.

Este ano, como os últimos dois ou três... Foi tudo meio estranho. Apesar de sempre sentir a inspiração desta época foi tudo meio conturbado, corrido. Faculdade, Projetos de Pesquisa, algumas mágoas, problemas...

Mas eis que dia 23 teve ato duplo dos Vagalumes! De manhã fomos a uma creche, e à tarde, numa Casa de Repouso de Idosos. Foi aí que o meu Natal começou a
acontecer. Quem conhece o Projeto, sabe como os Atos são momentos de uma magia única e duradoura.

De roupa colorida, jaleco decorado, pintura no rosto e presentes nas mãos nós fomos levar um pouquinho de nós para esses lugares. E tomamos a liberdade de pegar um pouquinhos das pessoas que encontramos também. E então o Natal finalmente veio para mim!

Dia 24 eu já estava na casa dos meus avós e estava assistindo TV com a Tata e minha mãe... Mexendo no celular e escutando a TV, na realidade. Eis que uma coisa que ouvi me chamou a atenção:

"Só os ricos tem Natal! Nós, que somos pobres não podemos dar presentes pros nossos filhos e nem recebemos nada. A gente não tem dinheiro. Não dá."

Fiquei muito indignada com essa afirmação. De verdade. Quer dizer que só os ricos tem Natal? Mas não era Jesus pobre? E o Natal não é a comemoração do aniversário dele?

Acho que cada dia mais as pessoas tem se esquecido do verdadeiro significado desta data: o nascimento de alguém que veio nos ensinar o amor. Assim, pelo menos é este significado que o Natal tem pra mim.

Paz, amor, perdão, alegria, união, família reunida... Não se precisa de dinheiro pra ter isso.

Eu acho perfeitamente compreensível o fato de ser difícil ser alegre quando não se tem o que comer, não se pode dar algo aos filhos... Mas amor dinheiro nenhum compra.

Acho que as vezes nós temos pensamentos mesquinhos, imaturos ou até mesmo egoístas. Enfim...

Fato é que neste Natal recebi demonstrações de carinho que nossa... Cada vez que lia uma mensagem nova eu me emocionava! Sério mesmo! Obrigada Alê, Marcell, Micael, Mandão, Thá, Marii, Samy Sam, Môa, Ligia, Nicole, Livinha, André, Thais... Muito MUITO obrigada pelo carinho! Vocês são muito especiais na minha vidinha!


Queria muito agradecer o Vitor (desta vez não é nem o pai, nem o avô e nem o filho) pela ótima conversa e pelos conselhos que me deu.

Acho que por enquanto é só! Próximo post é sobre... Ano Novo e 20 anos! Rá!


"In my place, in my place
Were lines that I couldn't change
I was lost, oh yeah..."
Coldplay - In my Place


PS1: Pinguim or not Pinguim?
PS2: Que saudade de escrever aqui!
PS3: Matéria sobre o Projeto Vagalumes na Revista Revide On-Line: http://www.revide.com.br/guia-cultural/teatro/artigos/vagalume/
Ninhá!

Ahá! Agora sim! hahaha Finalmente o gran-post! =D

É, agora vocês podem ficar sabendo porque sábado, dia 18/12 foi o melhor sábado do ano.

Bom... Começou logo com ida à casa da Pulga para embrulharmos os presentes do Ato de Natal na creche.
Tá certo que conversamos muito mais que trabalhamos, trocamos músicas, tocamos, ensaiamos fazer bijuterias e... por fim, 31 brinquedos embrulhadinhos ao final do dia! Embrulhados e etiquetados com sexo e idade! =D
A Tamy lá chegou a uma conclusão fantástica: sempre que tem algo do Projeto na casa da Pulga é porque a noite promete! Siim! Los Hermanos Cover!
Ah... aprendi uma palavra nova com a Pulga também: FUBANGA mano! hahahaha

A noite... Bem, a noite é o que justifica ter sido o sábado (na verdade, o final de semana, já que o show acabou só no domingo) melhor do ano!
Explicações citadas: amigos VERDADEIROS presentes, desabafos, cantorias, lavadas de alma, amor de verdade, sentimentos de verdade, alegria de verdade e momentos eternizados.
Cantamos, dançamos, gritamos, suamos, nos abraçamos, usamos uma garrafinha de água como microfone, pulamos, a Tamy me deu um banho de Sprite, fui aconselhada a não dar mais satisfação da minha vida pra ninguém (afinal, quem tem a ver se a promessa é minha? As pessoas são próximas a mim e eu não tenho que provar nada pra ninguém...), me aconselharam que entrar no jogo de alguns é simplesmente se rebaixar (você não tem que dar satisfações, explicações ou provas pra ninguém).

Descobri que a mistura de sprite com suor faz bem pro cabelo, descobri cantadas novas (a dos ponteiros do relógio é péssima, mas pelo menos eu dei risada),
descobri que com excessão de duas pessoinhas (mamãe Livia e prima Nicole) meus amigos estão aqui. Aprendi que quanto mais você fala (eis o meu grande erro!) mais satisfações as pessoas acham que você tem que dar. E quando você não dá ou as esconde, elas se acham no direito de saber de qualquer jeito. Entretanto, na verdade, certas coisas só dizem respeito a você.

Definitivamente foi o melhor LHc e o melhor sábado do ano. Saí de lá leve, de alma lavada, de corpo cansado, alegre, feliz mesmo, completa. Aliás, Los Hermanos e amigos são minhas verdadeiras terapias.

Resultado? Cheguei em casa às 4 e meia da manhã. Suada e cheirando a sprite, mas com um sorriso no rosto que até agora não foi embora. Fui dormir mais de 5 da manhã. Eu tava agitada e já viu né...
Acordei cedo no outro dia. Fui rezar com a minha família e à tarde, junto com mamãe e a Thá, embrulhei os presentes pro Ato de Natal no Asilo, enquanto a Pulga e a Tamy embrulhavam o restante dos brinquedos.
A Mandão foi lá em casa domingo. Fofocamos SUPER! Conversamos, desabafamos (desabafar é preciso!), brincamos, fizemos planos maquiavélicos (muá!) e contamos as novidades e falta de.

Talvez você lendo e não tendo presenciado meu final de semana não vai entender,
mas quem estava presente entende: onde o amor está presente coisas fantásticas e inesquecíveis acontecem! =D

Termino o post de hoje com a seguinte conclusão: Certas coisas e pessoas simplesmente não valem a pena, mas as que valem ficam eternizadas no tempo e em nossas vidas.




"Eu não vou mudar não, eu vou ficar são mesmo se for só.
Não vou ceder.
Deus vai dar aval sim, o mal vai ter fim
E no final assim calado
Eu sei que vou ser coroado rei de mim."
Los Hermanos - De Onde Vem a Calma.


PS: Obrigada às pessoas que fizeram parte destes dias tão especiais.
PS2: Obrigada à Jéh e ao Leex, nossos fotógrafos.
PS3: Obrigada à banda LHc pelo momento tão especial e por fazerem parte da minha equipe de terapeutas.
Ninhá!
Pessoinhas! Conforme eu falei no Twitter, assim que receber o restante das fotos do memorável sábado, faço um post sobre o meu melhor sábado do ano! Daí assim explico o por quê de tamanha felicidade.




Enquanto isso, deixo uma música em homenagem à Tamy e à Pulguenta porque definitivamente, depois de sábado essa música me lembra as duas toda vez que eu ouço.



Santa Chuva - Marcelo Camelo

Vai chover de novo,
deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar,
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus,
mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim,

Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim, não vá pra lá,
meu coração vai se entregar à tempestade

Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?

Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem,
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,

Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez,

Não há porque chorar por um amor que já morreu,
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade.





PS: Esse post é só uma prévia do próximo. Assim que eu ter as fotos e o Blogger colaborar em ficar formatadinho do jeito que eu quero, eu posto! =p (Aliás, vai terminar o ano e o Blogger ainda não aprendeu a me obedecer.)
Ninhá!
O post de hoje é escrito ao lado de uma pessoinha MARA: mamãe!

É! A gente tava separando os brinquedos pra embrulhar amanhã na casa da Pulguenta e daí convidei ela pra participar do post. Embora ela fique quietinha só lendo, ela me ajuda a medir um pouco as palavras. =D

Mas não é que o Anônimo insiste?! Ei, irmãozinho... Não precisa se acanhar. Se você quer tanto criticar, brigar... Ao menos fale o seu nome pra eu te incluir melhor em minhas orações. Eu não quero brigar, não quero me chatear e acredito que já te chateei muito, certo? Se você quer um pedido de desculpa, aqui vai, de todo o coração: desculpa, Anônimo, por qualquer coisa. Mas, desculpe mais uma vez, eu não me arrependo. Era uma promessa, lembre-se. Mas de verdade, tenho rezado por você quase todas as noites, porque deve ser difícil conviver com rancor no coração. Me desculpe por isso. Desculpe-me mais uma vez, mas certas pessoas e coisas são reais. E bem reais. E desculpe também se você não as conhece. Faz parte da promessa, a qual talvez você nunca entenderá. Me desculpe por isso. Eu não sei quem você é, e se for quem eu acredito que seja, eu não sei nada sobre você, exceto o fato de você ter uma mágoa muito grande no coração. Desculpa por possivelmente ter causado isso. Deve estar sendo difícil pra você lidar com esse peso enquanto eu me sinto aliviada e feliz por ter cumprido (não brilhantemente, mas mesmo assim) uma promessa. Eu menti sim, Anônimo. Mas eu precisei. Se foi pra pessoas selecionadas? É, foi. Mas não sei, se a mentira está apenas em aparências, por que tanta raiva interna? Não entendo e talvez nunca entenderei mesmo. Peço perdão, de coração, viu?! Eu não deveria ter envolvido você e não gostaria que você tivesse tanto sentimentos ruins no coração.


hehehe Mamãe é fo**. Mandou eu apagar tudo isso que eu escrevi. Mas eu não vou! (momento LERO LERO) Eu escrevo aqui coisas que saem do meu coração, assim como a promessa que eu fiz a ela, e que, como vocês sabem, eu cumpri.

Falando em mamãe... Gente, tem coisa mais fofa e linda que uma? Pois é! Hoje eu tava assistindo o Mais Você (eita! o que as férias não fazem comigo né?!) e vi uma reportagem onde crianças brasileiras foram adotadas por dois casais italianos. Karas! Eu chorei! E como chorei! E quando digo crianças, estou falando justamente daquelas que fogem do perfil que os pais adotivos querem. É, estas crianças que foram adotadas pelos casais italianos são negras ou pardas (nunca vou me acostumar com essa classificação pelo tom de pele), grandinhas já e com irmãos.
Fato é que eu me emocionei SUPER! Gente... É muito, MUITO bom ver e sentir amor. Ainda mais quando é aquele amor incondicional de mãe e pai.

Pois a minha mãe tem rezado comigo todas as noites, de mão dada comigo. Ela fala palavras bonitas e sinceras, enquanto eu presto atenção, penso nas pessoas para as quais quero mandar vibrações boas. Às vezes eu choro pedindo perdão. Eu errei muito e não sei como reparar meus erros. Rezo pelo moço do Ipê Branco, pelo melhor amigo dele (e tem gente que ainda acha que eles são imaginários...). Pelos meus amigos. Pelos meus "inimigos", embora eu não considere inimigos como inimigos. Pela minha família.

Mamãe tem o dom de transformar as coisas. E quando diz que as coisas vão ficar bem, é porque realmente vão. Quando ela me alerta sobre pessoas e situações, ela nunca erra. Quando ela fala que raiva e ódio não levam a lugar algum, é porque ela está certa. Quando ela diz que embora eu tenha angariado acusações e calúnias, eu fiz bem de cumprir minha promessa... É porque ela está certa. E quando ela começa a falar com o Papai do Céu... Eu sinto um sentimento tão grande!

É amor, leitorinhos e leitorinhas! Amor! Quer sentimento maior que este?

Uma vez brigaram comigo porque eu disse que o verdadeiro amor não faz sofrer. E não faz. O nome disso é PAIXÃO. E paixão não é um sentimento puro como o amor. Por isso evito me apaixonar por qualquer coisa ou pessoa. Prefiro amar. É. Amar a vida, amar as pessoas. Não é tão fácil porque a paixão é algo intrínseco do ser humano. Mas o amor... O amor é sublime, gente!

O amor leva ao perdão. Leva à união de pessoas, de almas, de povos, de pensamentos. Leva à fé. Leva ao bem estar, à paz de espírito, à felicidade. Talvez por isso a Lei do Amor seja a lei que rege (ou deveria reger, ao menos) a Humanidade. Porque o Papai do Céu enviou nosso irmão Jesus pra vir nos ensinar a amar. E 2011 anos (praticamente) depois... E nós não aprendemos ainda. Eita!

Bom, depois dessa empolgação toda, vou nanar. Amanhã tem embrulhação dos presentes que os Vagalumes vamos entregar no Natal e à noitinha... LOS HERMANOS COVER com os já confirmadíssimos: Tamy, Thá, Pulga e Micael! Vá você também! =D

Enfim. Me despeço agora amiguinhos.

Um beijo bem grande. =*

"Através eu vi: só o amor é luz.
E há de estar daqui até alto e amanhã
Quem fica com o tempo
Eu faço dele meu...
E não me falta ao passo, coração... AVANTE!"
Los Hermanos - Horizonte Distante
PS: Obrigada por todo o carinho Terezinha. Aliás, pelo amor mesmo. Muito obrigada. =)
PS2: Foi um parto escrever tudo isso ao lado da mamãe. Ela queria que eu apagasse um montão de coisa! hahahahaha Eu deveria ter avisado que era só pra ler né?!

Ninhá!
Depois de um tempo sem um texto decente e digno, eu voltei.

Em primeiro lugar, como alguns vieram conversar comigo, fica aprovado pra 2011 posts primeiramente mensais (depois quem sabe) de dicas de livros, filmes e músicas. =D Adoreeeei!

Agora sim: vamos ao texto e aos acontecimentos.


Acordei um pouco melhor hoje. Talvez pelo passe que tomei ontem no Centro Espírita.
Finalmente o calor infernal desta cidade deu uma amenizada por conta das chuvas. Mas hoje o nublado do tempo não me entristeceu e nem deixou-me preguiçosa.

Um telefonema. Um combinado. Uma ideia e um aperto no coração. E dentro de pouco tempo estava eu lá, em companhia dele, embaixo do Ipê Branco.
É. O Ipê Branco novamente. Mas desta vez não havia flores. Apenas o esqueleto e algumas folhas.
Ele estendeu uma blusa para que eu me sentasse sobre a grama. Sentou-se sobre uma toalha que costuma carregar no carro.

- Promete que continuará vindo aqui pelo tempo que eu estiver fora? - ele perguntou.
- Temos tempo...
- Não. É uma oportunidade única este momento nosso.
- Mas...
- Promete?
- Prometo.

Fez-se silêncio. Estranhamente, aquele silencio me incomodava, me angustiava e eu me lembrei que iríamos nos separar por algum tempo. Como pareciam horas em silêncio, e eu, tagarela que sou, resolvi quebrar o momento de quietude.

- Por que é tão importante assim? - perguntei.
- O quê?
- Que eu venha...
- Porque é.
- Eu ficarei triste de vir sem você. - calei-me antes de não conseguir calar as lágrimas.
- Por isso mesmo quero que venha.
- Não entendo. - fiquei confusa.
- Você entenderá.
- Não sou boa em pegar coisas no ar. Sou tapada, você sabe disso.
- Lembra que aqui encontro minha paz de espírito? - disse ele.
- Sim, lembro.
- Cuida dela, por favor.
- Ora, tua paz de espírito te acompanhará, não importa onde você esteja. O que você encontra aqui, não te deixa. - respondi, irritada.

Fez-se silêncio novamente. Me aninhei em seus braços, e sentia uma fina garoa cair sobre nós. Fina, gostosa, doce.

- Apenas prometa. - ele insistiu.
- Ok, eu prometo. - cedi.
- Obrigado.
- Algumas pessoas não acreditam em você. - disse.
- Eu sei. Sinto muito por isso. - ele respondeu. - Mas basta-me teus pais e as pessoas que te amam.
- Pra mim também. Com o tempo, vão ficando as pessoas e as coisas que realmente importam. Meus pais sempre me alertaram. Por teimosia, eu insisti e o que você já sabe aconteceu.
- Você é muito valente, garotinha.
- Ei, Valente é meu sobrenome! - hãn hãn?

Ele sorriu, eu sorri e ao mesmo tempo não consegui conter uma lágrima sapeca que rolou meu rosto e parou no canto da minha boca.
Ele percebeu. Apertou-me contra seu peito ainda mais forte, mais protetor.

- Não fica triste. - pediu.
- Não estou triste.
- Então não chores.
- Não consigo conter lágrimas. - obviamente nesta hora, outras amigas da primeira lágrima sapeca resolveram dar o ar da graça delas.

Ele respeitou minha tristeza momentânea. Ficou fazendo cafuné até que meus soluços se acalmassem.

- Tá chovendo. - comentou.
- É. - concordei - Eu gosto dessa chuva fininha.
- Vamos fazer algo diferente então - ele disse, levantando-se e dando uns passos para frente.
- Hum... O quê? - acompanhei-o.
- Pensa em tudo que é ruim, que você quer tirar do coração, da tua vida. - como eu gosto desse sotaque! - Ei, feche os olhos!
- Hum... Tô pensando.

Senti ele tomar minhas mãos e me trazer junto de si. Sentia a chuva levemente mais forte.

- Agora respira bem fundo. Na expiração, expire com tudo! Com força. Expire tudo... Não tire somente o ar dos teus pulmões. Tire os sentimentos ruins do seu coração.

Expirei. Expirei o máximo que pude. Tive uma experiência de semi-desmaio de tanto expirar.

- Agora enquanto você inspira de novo, pense em sentimentos, lembranças e momentos bons.

Inspirei. Oras! Mas isto não é ar! É... É... Um perfume? Uma sensação? A maior das alegrias, talvez? Nossa! O que é isso?

E então percebi que além de se encontrar paz de espírito no Ipê Branco, era possível lavar a alma.




"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar."
Antoine de Saint-Exupéry - O Pequeno Príncipe.




PS: Sorte e fé pros meus amigos que estão prestando prova de Residência Médica, pros meus amigos que estão prestando prova de Aprimoramento, e pros meus amigos que estão prestando Vestibular.

Ninhá!
Só pra encerrar alguns assuntos (este sim é um post direcionado):

1- Eu não tenho vontade, disposição e nem tempo pra brincar de ser outra pessoa;

2- Eu não tenho vontade, disposição e nem tempo pra cuidar ou vasculhar a vida alheia;

3- Eu vivo no meu msn, se não me encontrou por lá, não se iluda achando que eu criei outro pra sacanear os outros (embora algumas pessoas mereçam) e fico por lá pra saber da vida alheia, o que remete aos dois primeiros itens.

4- Se você não me achou no msn, provavelmente eu estou offline mesmo ou te bloqueei;

5- Eu protejo SIM pessoas amadas;

6- O Agregado (vulgo R.) me deu muito trabalho na minha promessa tendo crise de paixonite aguda e quase estragou minha missão (ainda bem que não deu certo aquele dia);

7- Conselho: nunca execute um plano quando os envolvidos não sabem. Eles podem te dar MUITO trabalho (remetendo ao item anterior);

8- Confie cegamente e faça o que os seus pais dizem pra você fazer. Acredite: pais tem um poderoso sexto sentido.

9- Se os teus pais te alertam sobre alguém, não teime. Fique alerta, porque seus pais estão certos. Caso você não dê moral pro que eles dizem, você vai se ferrar depois.

10- Não me arrependo de nada que fiz. Errei sim, mas tentando acertar. E tudo foi pra um bem maior.

11- Classe SEMPRE! Se alguém vem gritar e te apontar o dedo na cara, simplesmente lhe dê as costas. Você não deve descer ao nível submerso desta pessoa.

12- Numa discussão, todos tem direito de responder acusações. Aquele que não deixa o outro se pronunciar (seja lá por quais motivos sejam) não é nem digno de atenção. Não quer saber a verdade e, por isso, quer que impere a sua, que ele acredita ser absoluta.

13- Os fatos são reais. Se você não conhece as pessoas, acredite: não mereceu conhecê-las, pois muitas outras pessoas conhecem e até deram testemunhos no post anterior.

14- Se você não vê algo, não é porque ele não existe. Ou é porque te falta acreditar, ou você não merece ver ou então está cego.

15- Assunto encerrado e superado. Se você não superou ainda, vá se tratar.
Ninhá!
Eu cumpri até o fim. Cumpri uma promessa de 4 anos até onde deu. E deu em quê? Praticamente em nada. Peraí. Deu sim.

Consegui proteger duas pessoas. Mesmo que isto me custou muito caro. Mas promessa, parceiro, é promessa e a gente tem que cumprir até sob penalidades máximas. Eu cumpri.

Errei muito durante estes anos. Envolvi gente que não precisava ter envolvido e até menti para que essa promessa fosse cumprida. Mas eu a cumpri. E hoje me sinto mais leve me livrando dela. Acho que agora posso viver.

Mas eu cumpri e tenho a consciência tranquila. Fiz o que precisava fazer para cumpri-la. Escondi rostos, problemas, cicatrizes por trás de rostos, corpos e mentes saudáveis. Eu cumpri. E até que consegui. Contei com ajuda da garota dos cabelos roxos, então, em momento algum me senti sozinha. Ela entendia a necessidade da promessa.

Onde tudo isso levou? A uma discussão na qual eu não pude responder, por precisar ir embora. Engraçado foi sair de louca na história. Engraçado foi contar pra minha mãe, que há muito me alertou sobre pessoas. Eu queria argumentar, mas foi em vão. É muito triste quando afirmam coisas e não te dão direito de resposta.

Não tiro a razão de ninguém de ficar zangada, decepcionada, triste ou sei lá mais o que. Não mesmo. Mas algumas coisas nunca vão entender.

Foda (com o perdão da palavra) foi que não só eu me sinto triste, como meus pais também. Mas eles me alertaram. Não sobre a promessa, mas sobre as pessoas.

Me sinto alegre, livre e feliz e ter cumprido ela. Protegi pessoas como prometi protegê-las desde o primeiro momento. Estou pagando um preço alto, é bem verdade, mas a minha promessa eu cumpri e isto me deixa de consciência tranquila. Pois não dizem que o nosso maior juiz é nossa consciência?

Não vou me explicar. Quem tem que saber sabe de toda a história e isso me faz com que me sinta bem. Eu até gostaria de explicar pra mais pessoas, mas isto apagaria o sucesso da minha missão cumprida.

Estou triste e decepcionada com algumas coisas. Mas meus pais há muito me alertaram. Há muito. E eu, por teimosia, não os levei a sério,exceto na promessa, com suas orientações. Pois deveria ter levado. "Ana, não abra sua vida." ou "Ana, isso incomoda a torcida..." Eu deveria ter levado mais a sério outras orientações.

Eu faria tudo de novo. Pude perceber como as pessoas são. Quebrei a cara e o coração diversas vezes. Mas fui até o fim. Fiz coisas com o coração na mão, mas mais tarde percebi que era a coisa certa.

Conto muito com meus pais. E aproveito pra pedir desculpas a eles quando não os ouvi. Entendi ainda mais o que o Pe. Luciano dizia. Sofri. Mas nada se compara com a sensação de liberdade e missão cumprida. É.

Aproveito pra agradecer algumas pessoas: Marii, Nicole, mamãe Lívia, mamãe Neusa, mamãe Tata, Mamy, papai, Vítor, Thá, Mandão, Jéh, Micael, Danilo, Ligia, Jociele, Camila. Muito, muito obrigada.

Queria dizer também que quando a gente ama as pessoas, a gente faz de tudo. Abre os braços, a casa e a família a elas.


Só pra avisar... Os comentários serão moderados agora. Já tava virando casa da Mãe Joana. Quem quiser falar comigo, que venha falar com dignidade, não deixando recados ou se escondendo por trás de um mero "Anônimo".
Os comentários anônimos serão publicados caso não sejam ofensivos. Quer ofender, fale na minha cara.

Um beijo a todos. =*



"Fui cruel sem saber que entre o bem e o mal,
Deus criou um laço forte, um nó.
E quem viverá um lado só?"
Jorge Vercilo - Encontro das Águas


Ninhá!
Eu juro que tento. Mas não consigo. Eu tento ter paciência, tento respirar fundo sem ter mal estar, tento abstrair. Mas uma coisa é fato: as coisas não são como eram e nunca voltarão a ser.

Se tem uma coisa que eu não suporto é a indiferença. É. Não suporto. Me dá náusea, mal estar mesmo. No entanto, tenho sentido isso com certa frequencia.

Se tem outra coisa que eu não suporto são pseudo-amizades. É. Ou é amigo ou não, pô! E se for pra ser amigo, é pra tomar partido, é pra rir junto, é pra chorar junto, é pra puxar orelha e, sobretudo, se entregar de corpo e alma.
Pra mim, pseudo-amizade e coleguice (ou coleguismo, como preferir) é a mesma coisa. E colega é COMPLETAMENTE diferente de amigo.

Conversando com uma amiga, ela me aconselhou: "duvide sempre de quem tem (ou diz que tem) muitos amigos." E não é que ela está certa?
A amizade é uma coisa tão profunda que entendo muito bem porque o Pe. Luciano uma vez me disse numa carta que amigo mesmo a gente conta nos dedos de uma mão. E ainda sobra dedo. Ele também está certo.

Então, por que é que eu me decepciono tanto? Ora, não era pra eu já saber, se já me avisaram antes?
É, eu sou teimosa. Quebro a cara e o coração em pedacinhos e ainda vou atrás. Me decepciono (e acredito muito que decepciono os outros também, obviamente). Choro. Corro pro colo de gente amiga. Gente de verdade, com sentimentos de verdade, com sorriso de verdade. Mas lá estou sempre eu querendo ver se tem outra saída, solução. Se o que eu entendi é justamente aquilo que entendi.

Às vezes acho que as pessoas pensam que eu sou tonta. Mal elas sabem que eu sei o que elas falam de mim, inclusive sob o teto da casa da minha própria família. Desrespeito? Talvez. Total falta de consideração.

Bom, ao menos não tenho cara de tonta e nem me faço de tonta. Porque a terceira coisa (a primeira caso fôssemos colocar em ordem) que me irrita e que eu não suporto é que banquem o tonto, o coitadinho. Porque são justamente estas pessoas que escondem muito do que são. Escondem tão bem que se perdem em meio as suas mentiras. A garota com cara de meiga (ou "meigalinha", como preferirem), a pessoa que faz tanta questão de mostrar como é boa e caridosa (quando a esmola é muita, o santo desconfia!), a religiosa que anda com tercinho, santinho ou sei lá mais o quê pendurado quando na verdade é venenosa; aquela que é amiga de todo mundo (pois é! É justamente essa que sabe da vida sua. E da de todo mundo. E você, o que sabe dela?).

Para mim, tudo isso tem um nome: HIPOCRISIA.

Mas não será o mundo todo hipócrita? Não serei eu também diante dos olhos de quem está lendo meu desabafo?

Seja como for, se o mundo é assim mesmo ou não, não me cabe discutir aqui. Já passei o dia numa discussão interna e não cheguei a conclusão alguma. Fato é que hoje me deparei com um dos mais hipócritas dos meus dias por aqui. Tão hipócrita que resolvi me meter no meu lugar mais seguro o resto dele.

Contei meus feitos do dia pros meus pais. Mamãe não ficou lá muito feliz. Papai menos ainda. Pudera: pais se preocupam com filhos. Pais não vendem os filhos pra qualquer um na rua. Minha mãe se preocupa com os meus sentimentos. Papai com a minha solidão. Expliquei pra ele que solidão é um estado ao qual todos estamos sujeitos desde que nascemos: é a grande sina do homem.

Sozinha eu já estava antes de tomar essa decisão. Sozinha eu já me sentia antes de ter provas concretas. Sozinha eu sempre fui e tentei camuflar isso com multidões.

Peraí. Mas solidão é algo passageiro. É, a gente tem instantes de solidão. Até a gente chegar em casa e encontrar com os rostos amigos. Até a gente ouvir a voz da pessoa amada. Até sua amiga doida cantar e tocar violão na web cam pra você parar de chorar. Até uma mensagem de celular chegar. Até os pais ligarem e declararem saudade. Até o seu irmão te chamar no msn. Até você se encontrar consigo mesmo.

Encontrar-se consigo mesmo não é uma tarefa fácil. Digo isso como leiga de meditações e iogas e afins. Pra eu me encontrar arrisco a dizer que a tristeza é tão grande que me introverto. Entro mais fundo dentro de mim mesma e acho o meu "eu". Talvez ele seja o meu melhor amigo. Talvez ele seja quem me conheça melhor nesta vida. Ou em todas as outras também.

Engraçado é que a gente só procura nós mesmo quando nos sentimos sozinhos. Este foi o meu caso.

E pela primeira vez, me senti confortável em sentar sozinha na escada. Pela primeira vez me senti bem ao revirar as vísceras de quem eu sou. Pela primeira vez eu acho que consegui colocar pra fora tudo o que me sufoca.



"Você não está sozinha.", ele disse.
"É, eu sei que não."
"Então por que choras?"
"Porque talvez fosse melhor estar."
E ele envolveu-me em seus braços, enquanto eu me contradizia dentro de mim mesma.




"Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e, mesmo assim, me sentir como se estivesse plena de tudo."
Clarice Lispector





Ninhá!
Não sei. Posso estar sendo trágica, mas hoje eu pude enxergar como as pessoas são.

Se me senti deslocada? Talvez. Mas não muito. Tive ânsia em certo momento. Passei mal. Estava calor e tinha alguma coisa muito estranha no ar.

Empalideci. Tonteei. Alguém percebeu. Fui socorrida. Fui socorrida por mais alguém. Me deram água, respirei fundo. Fechei os olhos. Minhas pernas falseavam. Bebi mais água. Respirei calmamente. Tentei expulsar o volume residual dos meus pulmões. Disseram-me que eu estava retornando à cor normal. E é bem verdade que me sentia um pouco melhor.

Fui pra fora. Sentei no chão. Aos poucos fui me recuperando.

Voltei e não me sentia mais tão à vontade em meio as pessoas. Alternava momentos de integração com momentos em que fiquei sozinha.
Pelo sim ou pelo não, fiquei junto da moça de olhos azuis. Conversamos, rimos, fizemos companhia nas tradicionais idas ao banheiro femininas.

Senti algo estranho: eu não pertencia ao contexto, ao que parecia. Só que ao mesmo tempo, outras pessoas não pertenciam.

Não bebo, não fumo, não fico, não beijo sem sentimentos, não danço funk e, particularmente acho vulgar, não me esfrego nos outros, não uso micro roupas e fico rebolando pra chamar atenção. Não finjo ser quem eu não sou, embora esconda muitas coisas do meu "eu", justamente pra esse "eu" não se machucar. Não julgo ninguém que faz essas coisas, pois sei distinguir "quem é de verdade e quem é de mentira".

Mas não era por nada disso que eu me sentia fora do contexto. De forma alguma. O que me deixou desconfortável foi algo que nem eu sei explicar, embora eu saiba o que é.
Não foi a solidão, pois tive companhia.

Talvez eu esperasse, novamente, mais das pessoas. Talvez a decepção com uma pessoa em especial tenha sido muito grande. Fiquei triste por um lado, mas por outro, encontrei a minha aflição em outras pessoas. Me encontrei.

Ouvi uma declaração de "estou do teu lado porque te conheço". Fiquei feliz. Alguém conseguia enxergar as mesmas coisas que eu.

Terminei o dia indo pra casa ensopada! Não, não choveu! E eu adorei a guerra de bexigas d'água, molhar os professores, fazer tchutchu neles.

E fui embora de carona com a garota dos olhos azuis. Antes que ficasse só.


Observação: Aproveito pra agradecer algumas pessoas, por tudo: a garota de cabelos roxos, a garota de olhos azuis, a garota que queria me tirar pra dançar e descobriu meu mal-estar, a garota delicada de bochechas rosadas, o moço que cria lagartixas na despensa de casa, o moço que viaja comigo num trenzinho, o moço que vai me dar o carro dele (hohoho!), o moço do ipê branco, a moça cor-de-rosa, a moça lilás, a garota que me acompanhou na aventura no centro da cidade ontem.

Ufa! Acho que acabei. =D

PS: Post de hoje tá pobre. Mas entendam que estou meio magoada e muito cansada das atividades divertidíssimas de hoje.


Ninhá!
"Faz companhia pra mim." Foi o pedido dele. Eu, que estava sentada, relutante em sujar as minhas roupas na grama não pude negar este pedido.


Deitei-me ao lado dele embaixo de sua árvore preferida. Se você não o conhece, talvez não saberá do que estou falando.
Ele tem duas árvores prediletas. Dois Ipês. Um amarelo, outro branco. O amarelo guarda um segredo doce, sutil e saudosista. O branco é onde ele encontra paz de espírito, e onde, aos poucos estou aprendendo a encontrar a minha também.


Pois bem. Deitei-me ao lado dele. É um lugar lindo. Não há formigueiros na grama de lá e a grama é aparada e macia, verdinha. Repousei a cabeça na mochila dele (não! eu não consegui deixar meus cabelos na grama ainda hehehe).
Era de tardezinha e quase escurecia e eu achei que ele queria me dizer algo com esse pedido.


Após deitar-me, voltei meu olhar pra ele, que permanecia procurando algo no topo da árvore, ao que parece. Com uma mão atrás da cabeça e a outra repousando sobre a barriga.


Embora eu estivesse ansiosa em saber o que ele queria me dizer, não interrompi seus pensamentos. Permaneci em silêncio também, tentando procurar uma posição confortável.
Passaram-se alguns minutos e então fui percebendo que talvez ele não quisesse falar nada. Só queria a minha presença. Ou então queria se comunicar através do silêncio.


Ele fechou os olhos e eu, na minha inquietude planejava levantar e sair correndo enquanto ele estivesse de olhos fechados.
Tentei fazer o mesmo que ele. Ora, o tempo era fresco e estava tudo calmo. Não deveria ser difícil dormir como ele.
Mas eu não conseguia. Fiquei pensando nas provas, em outras coisas. Ele, subitamente virou-se pra mim: "Você tá pensando alto..."


Fiquei intrigada com esse comentário e então resolvi ficar o mais quietinha possível, pra não atrapalhar as reflexões dele. De repente uma florzinha da árvore caiu sobre seu peito. E, como se ele achasse graça disso, tomou-a entre os dedos e esboçou um sorriso. Achei graça no interesse dele pela pequenina flor e achei belo a delicada forma com que ele a tomava nos dedos.


Devo dizer que fui egocêntrica a ponto de achar que ele iria me dar a flor. Mas não. Ele tirou a carteira do bolso da calça e a guardou lá, bem guardadinha.
Voltou a se deitar e virou de lado pra mim. Mexeu com as pontas dos dedos meus cabelos, sem ainda dizer uma palavra sequer. Virei-me para ele. Ele sorriu e me olhou com um brilho nos olhos que há muito eu não observava nele. Como uma florzinha pode deixar-lo tão alegre por dentro assim?


Ficamos nos olhando bem no fundo dos olhos como se disputássemos quem seria o primeiro a piscar. Não sei quanto tempo se passou assim. Mas nossa "competição" foi interrompida por outra flor.
É, outra florzinha caiu da árvore, mas desta vez sobre a minha mão que estava repousada no meu peito. Ele sorriu.


"É lindo o presente que ela te deu."
...
"Que presente?", perguntei.
"A flor. É linda."
Confusa, perguntei: "Quem me deu?"
"Oras, a árvore. Quem seria?"
"Ah..."




E então, como num passe de mágica experimentei uma nova paz de espírito.




"Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam."
Clarice Lispector



PS: Beijo pai! Beijo mãe!

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Ninhá!
Em meio a lágrimas, uma ideia ocorreu-me. Mandei uma mensagem de celular. Recebi a confirmação de envio. Fiquei apreensiva. Andei pelo apartamento. Tive falta de ar. Chorei. Solucei. Rezei. Os segundos pareciam minutos e, depois, horas. Até que chegou a resposta. Diferente, bem diferente do que eu pensava. Uma resposta doce, amena, que acalentou meu coração. Ufa.


De tudo, o que eu mais gosto em você são os teus defeitos. É. Porque são eles que te mostram humanos. Qualidades e virtudes são exaltados demais, enquanto que os defeitos a gente teima ou em fingir que não os vê, ou escondê-los de todos.


Gosto de você com suas manias, com suas neuras, com seus tiques nervosos, com suas gírias, com o seu sotaque e seus intintos.

Gosto de você com os remédios que você precisa tomar, com suas besteiras, quando você me zoa ou enche o saco. Gosto do teu choro, das tuas fraquezas, dos teus sentimentos, da sua profunda tristeza.

Gosto das tuas olheiras de noites mal-dormidas, teu olhar por vezes cansado. Tua voz às vezes rouca. Gosto das cicatrizes do teu corpo e fico sempre atenta pra ouvir as histórias sobre elas. Fazem parte da tua história. De quem você é. Do que ficou marcado em ti.

Gosto de você com os seus traumas, problemas. Teus exageros e quando você faz tempestade em copo d'água. São parte de você.

Gosto das tuas explosões, dos teus palavrões, expressões. Das tuas crises existenciais. E nunca se desculpe por elas. São delas que obtemos crescimento.

Gosto da tua letra ilegível e da forma como os teus hiróglifos parecem tão óbvios pra você.


Gosto quando você reclama e pega no meu pé, pois significa que se importa comigo.
Gosto dos teus avisos e alertas quando sabe que as coisas vão dar errado e fica teimando comigo porque eu teimo que você está exagerando.


Gosto de você assim: HUMANO. Gosto não! AMO que você seja humano, assim como eu.


E como se tudo se transformasse em poesia, um beijo na testa selou essa história.




"A vida por fora de nós é a imagem daquilo que somos por dentro."
André Luiz, psicografado por Chico Xavier.




Um beijo grande, meus amores!

Ninhá!
Oi amigos! =) Esta semana é semana de prova e, por isso, ficarei um pouco afastada daqui. Levemente afastada, pois é só dar um tempinho e eu tô de volta! =)

Em primeiro lugar eu queria agradecer por visitarem essa página de ideias confusas querendo se encontrar. E por deixarem seus comentários, afim de debater, concordar, discordar, elogiar, participar.

Agora sim, o post.

Hoje vi um amigo chorar. Uma pessoa bem próxima de mim. Tão próxima que o choro dele se tornou o meu.
Ele chorava com o coração, e me abraçava como se eu pudesse enxugar as lágrimas dele com o meu corpo. Embora eu tenha ficado triste com o choro desesperado que brotava dos olhos dele, eu reconheci que o choro é necessário. É uma forma de extravasar. Mágoas, frustrações, problemas, traumas, dor, medo... E até alegria.

E lá ele estava. Chorando. Não deixei de achar muito bela a sinceridade do choro dele. Sim! Não era um choro em vão, e nem qualquer choro. Era um choro de desabafo, de limpar a alma, como se as lágrimas acalentassem seu coração.
Não me atrevi a perguntar o motivo, embora eu já tivesse subentendido. Deixei ele chorar sem interromper com uma só palavra... Existem horas, acredito eu, que o silêncio é a melhor coisa que devemos fazer.

Quando eu era criança eu era super chorona. Chorava por tudo mesmo. E a maioria era tão desnecessário... Quando cresci fiquei mais "fria"... Não era de chorar tanto... No entanto, hoje me pego chorando até em filmes! E quer saber? Não acho isso ruim. Eu tenho sentimentos e emoções e preciso extravasá-los! Chorar é uma capacidade maravilhosa do ser humano.

Mas voltando ao meu amigo... Bem, compreendi que meus problemas não eram nada perto dos dele, apesar de serem situações diferentes.
Já tinha se passado certo tempo desde o início do choro e então me preocupei em perguntar algo. Na hora de falar, porém, me calei. Não sabia como falar.
Ele continou chorando, mas desta vez me desabraçou, abraçou os joelhos flexionados sobre a cama e abaixou a cabeça.

Fiquei triste por compreender que talvez eu não pudesse ajudá-lo. E ele continuou chorando, mas desta vez baixinho.

Supostamente as lágrimas vem dos ductos lacrimais e toda aquela coisa fisiológica. Mas para mim, as lágrimas vem de tanto apertar o coração. Daí ele transborda. Fato é que quando a gente chora dói o peito e a cabeça acompanha, querendo dizer que o coração não está sozinho, mas sim acompanhado da mente.

O choro pra mim é uma forma de desabafo, de tirar da gente alguma coisa que tá incomodando. É um cuidado paliativo que antecede a gente a buscar soluções e maneiras mais racionais.

Olhando meu amigo chorar por tanto tempo, cheguei à conclusão que aquele choro tava engasgado há um tempão. E que, num momento de maior fragilidade, ele veio. Fiquei feliz por ele se deixar mostrar frágil diante de mim, me senti digna da confiança que ele deposita em mim.

Quando ele terminou de chorar, esboçou um sorriso pra mim e apenas disse: "Eu preciso comer doce."

Foi assim. Assim mesmo.Sem lavar o rosto nem nada pra disfarçar a irritação e inchaço dos olhos. Ele só precisava chorar na companhia de alguém. Ele precisava por pra fora o que tava incomodando. Quando ele terminou de chorar, ainda antes do esboço de sorriso naquele rosto inchado e vermelho, ouvi um suspiro, que arrisco dizer que senha sido de alívio.
E, pelo que eu percebi depois, tirar as lágrimas abriu um espação pra caber um pedaço de torta de limão. =p

Transcrevo aqui a música que ele cantarolava até há pouco: "Flores", dos Titãs com a Marisa Monte.


"Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem..."

PS: Ei Anônimo(s)! Você(s) me deixou intrigada!