Ninhá!
Oi pessoal! Em primeiro lugar, peço desculpas pelo meu sumiço daqui. É que final de semestre é foda, né! Em segundo lugar, peço desculpas também pelo texto de hoje não ser meu, semana que vem tem texto novo de minha autoria! Juro! =)
Espero que gostem! É um moço muito especial que vos escreve hoje. =)

"De uma coisa tenham certeza: nada muda mais um homem do que o amor. Sério. Nem o futebol, nem a sogra, muito menos a bunda do comercial de cerveja. 
Afinal, o futebol acaba e seus amigos continuam sendo o porco, o bandido, o fedido. Se você ama a sua mulher de verdade, gosta da sogra, porque foi ela quem te deu a oportunidade de ter seu amor. A bunda do comercial de cerveja é apenas uma bunda olhada por todos, mostrada a todos e segundos depois mal se lembram da cara da dona da bunda.


Mas o amor... O amor é diferente! Conto a vocês aqui minha experiência. Não vim aqui contar depoimentos tchutchucos, ou dizer que em nome do amor eu mudei. Mas o fato é que a mulher, quando direita, e, me desculpem as feministas ou que partilham de ideias diferentes, sabe mudar um homem.
Eu, que nunca fui certinho me vi homem de uma só mulher. Me via cada vez mais impossibilitado de trair ou então de correr atrás de um belo par de peitos ou uma bunda.


Aí comecei a pensar algumas coisas. E, embora pareça hipócrita isto, hoje eu vejo com pena muitas das garotas com quem eu saía. Aquelas que descem até o chão, que vestem as roupas mais curtas e mais justas. As que não sentem pudor algum ao tirar a roupa pra você sem nem te conhecer, mas juram de pés juntos meiguice e timidez. Aquelas que você usa e joga fora junto com a camisinha. Aquelas que você beija sem sentimento, uma mera troca de baba. Ou então aquelas que juram se apaixonar (e tão fácil!) e você se aproveita disso. Antes eu gostava, hoje tenho pena.


A gente procura o que não se tem. Quando falta meiguice, doçura, brincadeira, cócegas, companhia... A gente procura fora daquilo que está dentro da nossa realidade. Por isso, garotas que prestam: não se sintam desiludidas. Uma hora a farra cansa. O sexo pelo sexo cansa. A bunda grande cansa. O mulherão se atirando aos nossos braços cansa. A facilidade cansa.
Tudo isso cansa porque não se pode levar a sério. 


Então você conhece uma mulher. Uma menina-mulher. Daquelas que não te cobra, mas te compreende. Que fica brava quando você bebe demais. Que usa tênis. Que dá risada e chora fazendo isso. Que fala sinceridades. Que não é artificial tentando te seduzir o tempo todo (embora ela já tenha o feito sem perceber). Que te liga pedindo conselhos. Ou que não te liga, mas dá um toque porque está sem crédito. Que se aninha nos teus braços e você sente o coração dela bater. Que sente vergonha, apesar de ser extrovertida. Que não "dá", faz amor. Que chora vendo O Rei Leão. Que não consegue ver uma criança sem tentar contato. 


Aquela que você considera "intocável". Que não passou pelas mãos de muitos homens. Que selecionou os amores. Que anda ao teu lado e você não consegue soltar das mãos dela. Você pode ser o crápula mais imprestável do mundo... Mas... Mas quando ela brinca com as crianças no shopping, com a irmãzinha ou o priminho... Você se vê com ela no futuro. E consegue enxergar os filhos de vocês.


Você pode ser o mais mulherengo de todos. Mas ela conseguiu te mudar a tal ponto que você mal se reconhece. Passa a beber menos, ter mais paciência nos passeios ao shopping, passa a achar graciosos os pneuzinhos. Renega o tipo perfeito de corpo da mulher da Playboy. Repara na mulher ideal que tem ao seu lado. Com estrias nos lugares que mais é gostoso de pegar. Com a celulite que te faz sentir um deficiente visual porque você não tem a capacidade de enxergar.


Você passa a negar o mulherão da balada. Aquela com "atitude" que chega em você com a amiga, ainda por cima. Aquela que mal te conhece e topa ir pra cama com você, ou te chama pra ir pra casa dela. Porque você tem um compromisso: zelar pela tua garota. Aquela que se diverte com os amigos e com você. Que está usando jeans e cantando como se todos fossem surdos. Que está com o cabelo todo bagunçando. Que faz biquinho quando um dos mulherões chega em você. 


É... Você tem um compromisso com ela. Zelar por ela, porque você promete a você mesmo que vai protegê-la. Você nega o mulherão que quer a todo custo te levar pra cama simplesmente porque você, após a balada, vai levar sua garota pra comer no Habbibs. E observar ela dormir. Ou então, levar ela até a casa dela ou dos pais dela. Porque quem ama... Ah, quem ama cuida! E cuida com tal zelo que passa a se cuidar também. 


Porque mulher... Mulher se encontra em qualquer lugar. Mas mulher de verdade... Estas são tesouros a serem descobertos!
E descobrindo-se o tesouro, descobre-se também o merecedor dele."


Bom, pessoal, por hoje é só! =) Deixo vocês com um clipe super fofolucho!


"Parece que a vida inteira esperei para te mostrar. Que na rua dia desses me perdi. Esqueci completamente de vencer. Mas o vento lá da areia trouxe infinita paz!"
O Teatro Mágico


PS: O dia que o Blogspot colaborar comigo, eu dou um beijo na tela do notebook!
Ninhá!
Oi pessoas! =) Hoje atualizo o blog com um texto que não é meu, mas foi deixado de surpresa na minha caixa de rascunhos. Espero que gostem! Eu achei belíssimo!


"Ela não é a mulherão que habita os sonhos (nada puros) de todo homem. Ela não é alta e nem a mais magra. Muito menos tem o bumbum da mulher melancia. Não, ela não é uma mulher fruta e jamais seria. Ela não é a mais maquiada ou a do cabelo alisado e sem fio algum fora do lugar. Tampouco a do maior salto fino ou da saia mais curta. Ela não é a do vestido colado ou a do maior decote. Ela não é bronzeada ou tem olhos claros. Ela não sensualiza, não dança até o chão, não fica bêbada. Ela diz não. Ela não fica ou beija qualquer um. Ninguém que ela não ama toca o corpo dela. Ela não é a do cabelo tingido ou a do penteado mais 'descolado'. Também não é propaganda da marca de roupa mais cara.


Mas ela... Ela é linda. Do baixo  alto do seu um metro e pouco mais de meio, ela tem um rostinho lindo. Ela tem o o cabelo natural, o rosto com pouca ou sem nenhuma maquiagem. O bronzeado de palmito no inverno. Mas quando ela ri, e ela ri muito, aparece duas covinhas no rosto. Ela tem o olhar iluminado, a voz macia. Ela não faz questão de parecer mais alta. Ela reclama dos pneuzinhos que você sequer repara. Ela tem as pernas grossas. Ela tem TPM.
Ela não é perfeita, mas é inteligentíssima. Você admira ela. O jeito dela, as ideias dela, a forma com que ela ri, admira as pessoas admirarem ela. Ela corre pra brincar com o cachorro, ela tem amigos homens e mulheres, ela usa All Star. Ou um sapato de plástico vermelho que deixa ela parecida com a Dorothy. É, mas uma vez ela te disse que a Dorothy nunca usou sapato vermelho.


Ela gosta de ler, ela discute de futebol e política à novela e moda. Ela se entusiasma a falar da profissão e você repara os olhos brilharem quando ela diz "as minhas crianças". Aliás, ela adora criança. Ela pinta o nariz, pinta a cara. E você admira ela por isso. Por ela ser diferente. Diferente das outras que você conheceu. Diferente das pessoas em geral. Diferente até mesmo de você.
Ela é divertida, é espontânea, não para de falar um segundo sequer. Ela fica passando na frente da TV quando você assiste o jogo do seu time. Ela demora pra se arrumar pra vocês saírem e te dá um toque pra você ligar pra ela porque ela tá sem crédito. Ela chora, se irrita, briga com você e no final... você descobre que era apenas tensão pré-menstrual. Ela é chata quando você bebe, reclama quando você corre com o carro e tem crise de ciúmes quando uma bunda passa do seu lado.


Mas ela joga futebol e video game com você, enturma com os seus amigos, come pizza sem reclamar da dieta, faz brigadeiro de colher sem se preocupar se vai engordar ou não. Ela faz guerra de travesseiro, quer ir trocando as marchas do carro enquanto você dirige, te faz rir a todo momento. Ela te ouve, te dá conselhos. Ela não tem vergonha da própria opinião. Ela aprende com você que a melhor forma de parar de brigar é calar a boca do outro com a própria boca. 


Aí, de repente toda mulher fruta, toda mulher bunda ou peito, todo estojo de maquiagem ambulante ou chapinha de pernas e braços desaparece da sua vida. E do seu campo de visão. Todo mulherão da balada passa desapercebido perto da sua menina. Você percebe que está maduro o suficiente pra ser seletivo. E se sente honrado de ter colhido uma das "maçãs do topo". 
Aquelas que poucos beijaram e/ou tocaram, aquelas que vão ao cover da banda preferida ao invés de baladas comuns. Aquelas que são vaidosas pra elas mesmas. Que usam maquiagens, cuidam do cabelo pra se sentirem bem e não para competir. Aquelas que se valorizam. Aquelas que trocam balada pelo aniversário de dois anos do priminho. Aquelas que contam histórias da vó e fazem questão de te apresentar pra toda a família. Aquelas que não aceitam passar o ano novo numa festa badalada pra passar com a família. Pra dar o primeiro abraço de ano novo nos pais e irmãos. Que troca sair com você pra ficar com a amiga que terminou o namoro.


E você admira tudo isso. Afinal, tem como gostar de verdade de quem você não admira? E tem como admirar alguém que não se dá valor? Que não dá valor nos pais? Que não valoriza os amigos e a própria profissão?
Você admira ela cada vez mais e mais... Até que se dá conta de que não é mais admiração. É amor. 
Puramente amor."
Amigo Imaginário


Bom, pra quem não sabe, eu tenho 3 amigos imaginários. Nenhum é imaginário ou pseudônimo propriamente dito, como vocês podem pensar. Eles existem, para mim e para muitos pelo menos. Entretanto, foi dado a eles um apelido generalista. O Amigo desta vez adotou como nome artístico, eu acho ó que chique. Quem os conhece sabe de quem se trata, mas como ele mesmo assinou assim, desta forma vou deixar. =)

"E eu tive tudo sem saber quem era eu... Eu que nunca amei a ninguém, pude então, enfim amar!"
Los Hermanos



PS: Mandem seus textos pra cá também!  =)
PS2: Mais uma vez o blogspot ficou de mal comigo e não quis brincar de se comportar pra eu formatar o texto.



Ninhá!
Talvez... Talvez se não tivesse sido amor à primeira vista... Aliás, talvez se não tivesse sido amor!
Se fosse apenas paixão, fogo, passageiro... Mas não. Era amor. E tinha vindo pra ficar. Aliás, já viu amor ir embora? A pessoa até se vai, segue outro rumo. Mas o sentimento fica, latente, por vezes adormecido simplesmente porque as almas se encontraram. Mas não era o momento e nem o lugar.

Não era o momento, nem o lugar e muito menos a circunstância. Mas elas se encontraram. E desse encontro sugiram muitas coisas. Um olhar, um sorriso, uma troca de palavras, um abraço. Um beijo, talvez. Tarde demais. Já era amor.

Talvez se não tivesse acontecido. Se eles não tivessem a sorte de estarem no mesmo lugar ao mesmo tempo. Ou se não tivessem se notado. Ou se estivessem ocupados demais para notar os rostos em volta de si mesmos. Talvez se a memória fosse fraca, a timidez enorme, a ousadia pouca.

Às vezes a gente se pega passando e sentindo coisas que a gente já viveu ou sentiu. Dejà vù ou estão realmente se repetindo? Será que deixamos algo nos escapar da primeira vez? E se a gente tivesse a oportunidade de fazer diferente? De abrir o jogo, de falar a verdade, de perdoar. De contar por quê fez certas coisas ou porque não as fez. De passar por cima, aceitar embora não concordando, responder o que ficou entalado na garganta. E se eu falasse tudo aquilo que queria? Se eu fosse embora, desistisse de tudo ou investisse em algo inimaginável?

Talvez se eles tivessem desistido no primeiro obstáculo. Talvez não houvesse saudade. Não houvesse vontade de estar junto. Não haveria lembranças de manhãs de domingo, de pé no chão, de conversas embaixo de uma árvore, de deitar na grama. Não haveria segredos, conversas por olhares. Não haveria recordações de momentos mágicos, de pedido para estrela cadente, de lençol desarrumado, cabelo no peito, respiração perto. Não haveria cartas, bilhetes, cartões, boneco, flores. Não haveria choro, despedida e nem mágoa. Não haveria planos.

Talvez algo estivesse errado. Talvez eles erraram em algo. Mas como admitir que errado era algo que parecia tão certo? Talvez houvesse muita interferência, muita coisa escondido, muitas satisfações a dar.

Quando a gente dá muita satisfação da nossa vida, as pessoas se sentem no direito de cobrá-las cada vez mais. Para ele, a menina dos sonhos. Para ela, o famoso amigo imaginário, como quem não o conhece o chama. Ele sonhador, ela louca. Não, não. Ele apaixonado, ela entregue. Que importam os que não os conhecem? Nada. Absolutamente nada. Que ela fosse um sonho e ele imaginário. Eles existiam. Dentro da realidade um do outro. E dentro da realidade de quem importava a eles.

Talvez a vida não teria virado de pernas para o ar. Talvez não teria se descoberto um sentimento. E a possibilidade de guardá-lo a sete chaves, para o destino. Para o amanhã ou mesmo para uma outra vida.

Talvez. Talvez nem fosse pra acontecer. Mas um dia eles se encontraram. E quem garante que não vão se encontrar novamente? Talvez não hoje, nem amanhã ou depois. Mas irão.

Talvez não fosse o destino deles permanecer juntos. Mas eles se encontraram e não por mero acaso. Talvez sigam rumos diferentes, o que não significa que não serão felizes. Pode ser que eles tinham que se encontrar, mas não permanecer.

Pode ser que haja um novo amor à primeira vista. Ou que velhos amores retornem numa segunda visão.
Nunca se sabe.

“Muitas pessoas têm a ideia errada do que constitui a verdadeira felicidade. Ela não é alcançada através da auto-satisfação, mas através da fidelidade a um propósito digno.” 
Helen Keller


PS: Força, Larii! Tô com você e não abro! Força e fé, mulher!
PS2: Leia o texto ao som de The Other Side of the World, da Kate Tunstall.
Ninhá!
Meu grande amigo e eu, zoiuda.

Pessoas lindas do meu coração: depois de muuuuito tempo volto a escrever no blog! Espero que gostem! Esse texto é dedicado a muitas pessoas que fazem parte da minha vida. Mas, neste momento, especialmente a um grande, enorme amigo.

Se eu tivesse o dom de encolher alguém e colocar no bolso pra sentir sempre junto... Definitivamente seria você. Pode até parecer egoísmo isso, e talvez seja mesmo. Mas seu sentiria sempre seu coração bater. E você respirar. E poderia ouvir a sua voz sempre que quisesse. Pode ser que talvez eu te sufocasse com os meus abraços, pois você seria tão pequenininho... Mas você estaria seguro no meu bolso, te prometo!

Eu sei que a gente tá sempre junto... Em coração, em pensamento... Mas, se eu pudesse ter você no meu bolso! Ah, como eu seria pelo menos um tiquinho mais feliz! Seria como ter a sua foto na carteira... Aliás, não, não seria. Foto não se mexe, não conversa, não tosse, não espirra, não tem o coração batendo e nem respira. Foto é lembrança. Uma minitaturinha animada de você é presença.

Se eu pudesse ter certeza de que nossos caminhos jamais fossem seguir rumos diferentes... Se eu pudesse afirmar que a gente nunca vai se afastar... Talvez essa minha vontade toda de ter você pequenininho no meu bolso passasse um pouco. Talvez seja só insegurança. "A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.", já diria uma sábia raposa.

Se eu te digo que queria você em miniatura no meu bolso... Não me leve a mal. É porque eu te amo tanto que cada despedida nossa me é dolorosa. É porque quando eu olho nos seus olhos vejo um brilho e uma luz tão grandes... Que bastariam para iluminar os momentos em que eu me encontrar só e no escuro. Como você sabe, há dias em que sinto medo do escuro.

Mas não se preocupe... Eu cuidaria de você. Muito bem, juro!

Contento-me, porém, com nossos encontros esporádicos... Cheios de risadas, guloseimas, histórias, conselhos, fotos, beijos, abraços, piadas internas. Contento-me em saber que você existe e que está presente na minha vida. Eu me contento com uma foto na carteira, uma voz na memória, um fato na lembrança. Enquanto ainda houver distância física, haverá saudade. Nós somos humanos demais para abstrair a matéria e contentarmos em nos encontrar apenas em espírito.

Entretanto, se algum dia você sentir que as coisas estão maiores que você, se você achar que sua cama aumentou de tamanho, se as tuas roupas parecerem um lençol de uma cama de casal king size, se os teus sapatos parecerem de gigantes, se você tiver que pular no controle remoto para trocar de canal da televisão... Não se assuste: é porque finalmente eu consegui te encolher para colocar no meu bolso!

"Pronde foi nosso humor e moral? Pronde vai todo nosso desalento? Morre brisa, nasce vendaval... Pronde vai a reza vencida pelo sono? Ela vale? Me fale, me dê um sinal."
O Teatro Mágico


PS: MI TRE AMAS VIN!
PS2: Papai do Céu, muito obrigada por colocar tanta gente maravilhosa no meu caminho! E desculpa ter demorado tanto tempo pra perceber isso!
PS3: Sim! O PS2 é pra você, Má, e pras meninas!
PS4: Parabéns ao meu grande amigo! =)

                     
Ninhá!

Geralmente você não espera. Não pressente, não está pedindo por isso. Mas acontece. Numa situação inusitada, onde você não está preparad@. É. Naquela hora mesmo. Em que você está descabelada, o cabelo meio sujo, sem brincos, sem maquiagem, sem O perfume. Te pega desprevenida. Dá uma rasteira nas pernas.

Isso pode acontecer em qualquer situação, até nas mais bizarras. Em qualquer lugar, mesmo nos mais inusitados. Mas pode acontecer. Você pode estar tomando um café da manhã numa padaria, quando de repente... Acontece. Ou então no trânsito ou chegando ao trabalho. Fazendo compras. Numa sala de pronto atendimento. Num congresso ou encontro. Num passeio com amigos e os amigos destes amigos. Em situações vergonhosas e/ou bizarras. Perdida por aí. Ou calmas.

E de repente você está lá. Vestida normalmente, nada de charme. Sem maquiagem, de cara limpa. Sem unhas feitas. Sem bala na boca. O cabelo preso pra disfarçar um bad hair day. E aí você toma consciência de que aquilo é você. "Este sou eu. Sem máscaras, sem disfarces, sem ensaios de algo a dizer ou reações prontas." Simplesmente aquilo: indefesa, precisando de ajuda e/ou forever alone companhia ou informação porque se perdeu. Aquilo ali é o teu mais íntimo que alguém pode chegar. Despreparada, com dor ou não, chorando, enchendo o bucho comendo. Comprando um absorvente. Irritada, brava, nervosa, melancólica, na TPM. Mas é, simplesmente você. 

Daí que você se dá conta que algumas pessoas te conhecem mais profundamente que outras que você poderia jurar que te conheciam. E vocês acabaram de se encontrar. Só que esse encontro se dá em circunstâncias tão íntimas que depois que passa, infelizmente a gente ou desvaloriza ou leva um pedaço conosco. Prefiro o pedaço.

Por exemplo o médico que te atende quando você tá com diarréia. Pode parecer bizarro. Mas ele SABE que você tá com diarréia enquanto você quer esconder de todo mundo isso (e não importa que te viram correndo até o banheiro). Ou o podólogo ou até a manicure que vê sua unha fudida do dedão do pé. Ou o dentista, que sabe que você tem cárie. Ou o fisioterapeuta que sabe do seu problema de coluna ou sua dor no joelho, que você tenta esconder. Ou então a mulher do caixa do supermercado que sabe tudo que você vai comer e qual a marca do seu absorvente. O farmacêutico que sabe que anticoncepcional você comprou e o caixa da farmácia, a marca da camisinha. Se você já passou por alguma dessas situações, há de concordar comigo. Se não passou (assim como eu não passei por algumas também, questão de tempo e vivência), não tenha medo: você vai passar.

Enfim, estou me desviando de onde eu quero chegar. Mas que daria uma discussão legal sobre isso, daria.

Voltando ao que eu queria dizer... Você tá lá, completamente desprevenido quando acontece. Ou melhor, pode acontecer. Os olhares se encontram, o coração pára de bater (ou pelo menos parece que pára). 
Talvez você nunca tenha sentido isso antes, mas sabe que não é paixão. Paixão agita a gente, deixa a gente querendo.

Mas não. Você entra em dúvida e por mais cara de pau que seja, você fica sem graça. O coração dá um solavanco e é possível sentir ele pulsar dentro da boca. Um nó forma-se na garganta e você perde a fala. Apenas consegue mexer a cabeça para concordar. Sim, para concordar. Talvez ele/ela perca momentaneamente a fala também, mas você nunca vai reparar, porque está lutando contra você mesmo.

Você procura um ar que parece não existir, um espaço que parece vácuo. Tenta laçar alguma palavra que esteja fugindo. As mais vaidosas se preocupam com as unhas por fazer, a maquiagem que não passou. Você procura algum gesto... Mas nada sai. E você fica ali, com cara de bobo. Até que esboça um sorriso. Um sorriso ridículo por sinal. Principalmente se o faz no momento de responder alguma pergunta. Se é que você ouviu alguma coisa.

Conforme o tempo (um curto espaço de tempo, por sinal) vai passando, as coisas vão mudando. Você sente o coração bater numa estranha tranquilidade. As palavras voltam, mesmo que desordenadas. Até mesmo as pernas voltam a funcionar! Esquece de se preocupar com coisas que não importam naquele momento, ou que não parecem importar. Você sente uma estranha calma, serenidade... Segurança! Sim, você sente segurança e até consegue esboçar algum assunto (desde que não seja complicado, obviamente) mesmo se perdendo ou então se encontrando no olhar dele (ou dela, né). Você encontra paz naquele olhar e tranquilidade no sorriso. É capaz de se perder e se encontrar neles várias vezes em questão de segundos!

Então, ao recuperar a totalidade dos sentidos... Você se dá conta de que isto é que é amor à primeira vista.

E se pergunta se foi recíproco. E sofre se questionando.

"Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar..."
Ana e o Mar - O Teatro Mágico


PS: Sim, meu pé tá uma bosta.
PS2: Sim, eu chorei horrores lendo a morte do Dumbledore e acho que o fato merece um post. Não falando sobre Harry Potter ou algo do tipo, mas sobre as representações que ele traz.
PS3: O Dumbledore era meu protótipo de Papai-Noel, tá?! Seus insensíveis.
Ninhá!
Eu acho que a gente às vezes exagera. Explico: a gente espera mais dos outros, quer que eles sejam como nós, quer que tenham as reações que nós teríamos em determinadas situações.

O que eu queria falar hoje é que... O BEM e o MAL não são tão distintos assim. A maioria das pessoas (tem gente que acha que todo mundo, mas não estou certa disso) tem ambos dentro de si. Algumas tem mais Mal que Bem. Outras, mais Bem que Mal. Mas eles estão ambos dentro da gente, convivendo. Quando um domina, o outro fica latente, esperando a oportunidade para se sobressair. E a definição de Bem e Mal é relativa, dependendo da pessoa.

Eu fico triste comigo mesma em pensar que as vezes as pessoas que muitas vezes eu tachei como más não são tão más assim. Talvez eu esperasse muito delas.

A gente esquece às vezes de que... Quando algo nos incomoda, nos chateia e nos entristece, é porque a gente ainda está a altura daquilo. Se a gente eleva o pensamento e as vibrações... Poucas são as coisas ruins capazes de nos atingir.

Meu primeiro dia de aula do segundo semestre começou assim: tempo nublado, brisa gostosa, rever amigos e colegas, papai em casa, comidinha do papai... Decepção, problema a resolver, ouvir coisas que eu não gostaria, vontade de largar tudo.

As coisas não são boas sempre. Mas também não são ruins. Como eu disse, Bem e Mal convivem. Mas, cá entre nós, poucas são as pessoas que conseguem manter o bem reinando toda a vida.

Saudade. Saudade é a palavra de hoje. Saudade da vida pelo olhar de uma criança. Saudade de quando o problema era que brincadeira escolher. Saudade de quando a minha luta do Bem contra o Mal era mais fácil e eu não precisasse remoer tanta coisa.

Eu queria mesmo era fazer o que eu gostaria de fazer, resolver meus problemas, acabar com a maldade, o descaso e a injustiça. Eu queria era responder à altura. Mas parei pra pensar quando estava prestes a retrucar: até que ponto responder à altura difere de se igualar ao nível de quem te ofende?

Desculpem-me, mas eu sou a favor do tapa de luva. A delicadeza e a gentileza são maiores que a grosseria. Palavras de incentivo são maiores que ofensas. A educação é superior à ignorância. Afinal, como alguém já disse (não me lembro quem) "olho por olho e o mundo acabará cego."


"Sobram tantas meias verdades que guardo pra mim mesmo.
 Sobram tantos medos que nem me protejo mais.
 Sobra tanto espaço dentro do abraço. 
Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo."
C. Trevisan

PS: Parabéns TIA VERA! s2 
PS2: Essa música é contagiante: Ô ô ô. Ô ô. Ô ô.
PS3: Eu tava sumida né! =/ Sorry, people!
Ninhá!
Galera do bem! O post de hoje é de uma pessoa muito especial para mim: a Mel. Uma das pessoas, como o próprio nome já diz, mais doces que já conheci na vida. Uma menina, filha, amiga, irmã. Uma pessoa dessas que dá vontade de por no colo e fazer cafuné. E, com certeza uma das pessoas que mais me fizeram sorrir na vida.
Esse texto que ela me enviou por e-mail chegou num dia legal. Num momento em que eu precisava ouvir ler palavras sinceras e de carinho.


MariANA: minhas chatas favoritas!

Ah, os amigos....
Quem são eles, afinal?

Amigo é primavera! Quê??? É, amigo é o alívio para o tempo de seca, é o que traz tão vivo as belezas da vida; o amigo nos mostra que nem o frio, a seca ou a aparência de “sem vida” que foram deixados pelas duas últimas estações, nada, nada, nada pode contra a nossa essência.
Amigo é a renovação para quem dá e para quem recebe, é a descoberta de mais de um coração em uma só pessoa.
Amigo é quem nos compreende na mais inexplicável fossa, porque amizade é isso: preocupações, alegrias, sucessos e fracassos divididos.
Um amigo nunca te deixa sozinho só porque você está indo por um caminho errado, mas em vez disso ele diz, “Vamos quebrar a cara juntos?”
Amigo cuida de você como se fosse da família, porque “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. E tem amor mais cativante do que de um amigo?
Amigo é um antídoto para o egoísmo, falsidade, solidão...
Amigo é o atalho mais rápido para viver nas nuvens, viver de um jeito sublime.

Amigo é assim, é chegar numa sala onde todos se conhecem, sentindo-se uma intrusa, mas ai, no meio disso tudo, ouvir duas malucas que não paravam de rir dizer com um baita sorriso: “Oi, meu nome é Ana, essa é a Mari, você não quer vir com a gente? Porque ninguém gosta de ficar sozinha. Prometo que ninguém vai te assustar, por enquanto...” (tudo isso dito de uma vez só, seguido de uma longa gargalhada!) Então, sem esperar, ter sua vida mudada. E a partir dai,  viver com a certeza de que você  ganhou uma família extra (literalmente e com direito a babá!).

Cuide das suas amizades!!! Nunca é tarde para por um fim na sua ausência. Vá atrás dos seus amigos e faça-os saber que você se importa com eles. Não tenha vergonha de dizer o quanto eles são especiais. Faça isso e você sentirá na pele a diferença que faz o amor, o apoio... a loucura de uma amigo!

E a música...bom, é o que digo pra você: “Lean on me”!!! 



“Existem dois tipos de chatos, os chatos propriamente ditos e os amigos, nossos chatos favoritos.” 
Mário Quintana

beijos a todos os amigos da Ana e é claro um beijo mais que especial as minhas musas inspiradoras, Mari e  Carol, AMO VOCÊS!

MEL =)



PS: Minha filha é um orgulho viu!
PS2: Mel, você tem que escrever mais vezes pra cá, sua linda!
PS3: As letras estão muito pequenas? Eu não quis mexer na formatação e o Blogspot é um fiasco para se formatar os textos!
Ninhá!

Venha, mas venha com o coração. Traga seu sorriso, seu brilho no olhar, sua voz aveludada. Mas venha. Venha logo! Volta! Não, não volte. Volte. Ou não. Mas venha. Quero saber como você está, como você se sente, o que sente e o que você tem feito da vida e ela de você. Sinto saudade.
Não, não volte. Por favor, não volte. Não quero mais. Ou quero. Quero tanto que a melhor forma de querer é negar que quero. Venha, traga o teu perfume, tua risada, tua cantoria no chuveiro. Reclame, discuta, não pare de falar. Eu sinto falta disso. É, eu reclamava, mas no fim das contas, sinto falta. Conversa comigo!
Se você voltar eu juro que... Digo, se você vier eu juro... Eu juro que não reclamo mais, não grito mais, não te acordo às 6 da manhã nunca mais. Mas volte. Venha. Mas venha sutil, não venha de repente. Venha de uma forma que... De uma forma que eu nunca te incomodaria! Que eu não faria você assistir comédias românticas.
Não demore! Porque está aí parada? Não vê que eu te quero por perto? Venha logo. Antes que eu mude de ideia. Venha. Solta os cabelos e venha. Me acorda cedo pra ser a primeira a me dar bom-dia. Me acorde com uma mordida na orelha. Seja chata, implicante, ciumenta... Mas venha.
Aliás, tenho uma reclamação: não suma! Isso dói. Dói no mundo. Venha, venha me contar histórias, me dar seu ombro pra chorar. Venha me consolar. Me abraça forte e diz que vai ficar tudo bem. Que estamos protegidos da maldade. Que as pessoas são boas. Que é preciso acreditar. Que existe amor, respeito, paz.
Reclame da bagunça, do futebol na TV, chore assistindo a comédias românticas. Mas é importante que você venha. Olha, eu trouxe chocolate e flores, são pra você. Pra você. Você. Você tem que vir. Com TPM, agitada, irritada, deprimida, mas tem que vir. Venha pros meus braços. Deixa eu ir para os teus. Converse sobre a novela, sobre a coleção de inverno de sapatos, desabafe sobre aquela vaca chata. Eu sinto falta disso. De você.
Como você me irrita! Não, eu não estava de TPM, e sim, a culpa foi toda sua! Mas, mesmo assim... Me ligue, me mande uma mensagem. Peça desculpas. Eu prometo pedir também. Deixa eu deitar do teu lado, me faça cafuné. Consola-me, me nina, me mima, me nana. Mas por favor, esteja ao meu lado ao amanhecer, senão não vou conseguir dormir.
Pode ficar em frente ao espelho segurando num pneuzinho inexistente e dizendo que... Ham... É, eu não tava prestando atenção no que você dizia. Porque você é linda brava. E o pneuzinho não existia! Fique em frente ao espelho apontando celulites que eu não exergo (uma dica: homens mal sabem o que é isso.). Pergunte-me se está gorda. Não, você não está. Está linda, como sempre.
Fique todo esparramado no sofá, grite com o juiz, ligue pra zoar o corinthiano ou o palmeiriense dos teus amigos. Me explique para que lado o seu time faz gol. Mas enquanto faz isso, por favor, acaricie meu joelho ou minhas costas. Comemore o gol do seu time me dando um beijo. Na verdade não significa tanto pra mim o gol, mas o beijo... É compartilhar uma alegria sua comigo. 
Demore o tempo que você quiser para escolher roupa. Prometo que vou ajudar na escolha. Mas, por favor, não se perca de mim. Prometo te acompanhar às lojas e ser paciente. Desde que você volte. Desde que você agradeça pela paciência com aquele olhar de alegria e um beijo. Permita-me beijar você em público. Volta para que eu possa andar de mãos dadas com você para que todos saibam que juntos estamos.
Seja bonzinho. Venha me aconchegar no teu peito, rir feito um bobo comigo. Venha me proteger, me esquentar, fazer cócegas. Você faz falta. Sinto tua falta. Venha, vai! Se você vier...
Se você vier eu juro que não reclamo mais dos dramas. Pois se eles vem de você, devem ser verdadeiros. Chore, eu te dou meu ombro. Brigue, eu te dou razão. Reclame, e eu te dou minha boca. Venha e te entrego o coração.
Se você prometer cuidar dele, eu te entrego o meu coração. Mas a regra é clara: não o maltrate, ele já está machucado o bastante. Cuida dele, cuida de mim. Eu me entrego a você.

Mas, por favor,
Venha.

"Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei." 
Caio Fernando Abreu

Texto escrito a quatro mãos por mim e pelo Roddy (ou como gostarem de chamar ele), um grande amigo do blog e um ótimo escritor (quem quer que ele faça um blog põe o dedo aqui que já vai fechar...). Espero que gostem (espero comentários também hihihi)! 

Beijokas meus amores! 
Ninhá!
"Olá, leitores da ilustríssima Aninha.... permitam que eu me apresente: Sou Andjara, uma estranha em muitas coisas..... mas não vim aqui falar a meu respeito, e sim escrever algo interessante nessa sombra do ipê branco!

Não sou cinéfila! Isso é fato... mas quando a madame Ana Carolina, também conhecida como Ninhá, me pediu para escrever algo para o blog, comecei a pensar sobre o que seria... uma missão difícil, é verdade, mas eis que surgiu a ideia de falar sobre cinema... mais especificamente sobre um filme em especial e que ainda irá render bons momentos, pelo menos é o que eu e mais alguns (hein? hein?) esperamos....

Afinal, qual é esse filme? Nada mais, nada menos que Na natureza selvagem (Into The Wild, 2007), uma história de Christopher McCandless, um rapaz inteligente e bem de vida que, aos 22 anos, logo após terminar a faculdade, abandona tudo – família, dinheiro, carro e todos os confortos da vida moderna –, muda de identidade e sai perambulando pela vida. Entre um emprego temporário e outro, entre caronas e desafios, Chris anseia chegar ao Alasca selvagem, local em que ele estaria longe de todos e em harmonia com a natureza, a única que poderia ser verdadeira diante das desconfianças nas relações humanas e seu materialismo exagerado.

Envolvente e marcante, Na natureza selvagem resgata a importância das relações humanas sinceras e a busca das nossas verdades. Aliado a isso, os cenários encantadores nos fazem adentrar no filme e viajar, juntamente com a bela trilha sonora, composta por Eddie Vedder. Assim, de maneira quase hipnotizante, o filme torna-se uma verdadeira reflexão sobre a vida e, sem dúvida, é marcante a questão de que “Happiness only real when shared” (a felicidade só é real quando compartilhada).

A perfeição do filme faz com que ele esteja presente no livro “1001 filmes para ver antes de morrer”.

Se não bastasse um filme perfeito e uma trilha sonora primorosa, a sessão “Na natureza selvagem” pode ser completada com o livro, de mesmo nome, de Jon Krakauer, que nos responde algumas questões sobre McCandless e compara a sua vida com a de outros aventureiros: uma trilogia perfeita!

E você, caro leitor do blog da Ninhá, deve estar se perguntando os motivos que me levaram a escrever sobre esse filme. Primeiramente, pelo fato de que essa pessoinha, dona do blog, é muito especial para mim e eu efetivamente acredito que ela é uma das pessoas que compartilha a felicidade comigo. Se não bastasse isso, em alguns dias, esse filme será motivo para uma visita que eu irei receber... J

Infelizmente, esse filme me traz más lembranças sobre uma pessoa e alguns fatos.... mas prefiro me apegar aos bons motivos para vê-lo e revê-lo, para ouvir milhares de vezes a trilha sonora e reler o livro!

Para finalizar, nada melhor do que o vídeo com a melhor música – na minha opinião – do filme!


Para quem não conhece o filme, é uma ótima sugestão para a próxima visita à locadora... para os que conhecem, revê-lo é sempre uma nova viagem!

Abraços a todos os leitores da Ninhá e, em especial, para a própria!"


Andjara tem 27 anos, é professora de biologia, mineira (uai!) e é mais conhecida como And!

"Everyone I come across, in cages they bought
They think of me and my wandering, but I'm never what they thought
I've got my indignation, but I'm pure in all my thoughts
I'm alive..."
Eddie Vedder

PS: Valeu And pelo texto! Tá lindo! E digo mais: um abraço procê tambem!
Ninhá!

Acordou no susto. Abriu os olhos. Estava tudo escuro, um breu só. O coração disparado, a mente confusa, sem saber distinguir ainda pesadelo de realidade. Suava frio e estava de barriga pra cima. Ocorreu-lhe que toda vez que dormia em supino de barriga pra cima tinha pesadelos. Não conseguia se mexer e faltava-lhe o ar. Taquicárdica. Taquipneica. Pés, mãos e pontinha do nariz congelados. Esticou o braço, alcançou o interruptor.

Fez-se luz. Ufa. A luz lhe trouxe segurança e ela começou a se acalmar. Sentou-se. Fechou os olhos, mas as imagens do seu pesadelo de duas noites (não consecutivas, mas ainda assim, pesadelos BEM semelhantes) vinham a sua cabeça.

"Calma, foi só mais um pesadelo. Mais um... pesadelo. Só isso." - disse em voz alta pra si mesma.

O vento uivava lá fora (como já diria meu pai, há um monstro que habita os ventos dessa cidade) e a cortina esvoaçava numa dança delicada, que a distraiu por alguns minutos. Normocárdica. Normopneica. Perdeu o sono. Resolveu rezar. Pediu a proteção do Anjo Guardião. Inqueita, levantou-se da cama e caminhou até o banheiro. A luz mais clara (e mais recentemente trocada) queimou quando ela acendeu, o que trouxe uma sensação de arrepio.

Na cozinha, bebeu água e fez leite (não, não ela não é uma vaca, mas o leite era leite Ninho, tá?) bem quente. Sentou-se na frente do notebook sem esperanças de encontrar alguém pra conversar. Mas ela é viciada em internet, e de alguma forma o contato com o mundo, ao invés de assustá-la, causa uma sensação de tranquilidade. Talvez fosse pela necessidade de esquecer seus pesadelos. Talvez pela necessidade de contato que ela tem dentro de si.

Facebook, twitter, orkut, blog. Até as redes sociais faziam um quase silêncio deprimente. Mas eram quatro e quarenta e seis da manhã. Algumas pessoas trabalham, outras estudam, umas tem pesadelos.

Ainda que fosse tarde, ela não sentia sono - ou talvez não quisesse sentir. Leu e releu emails antigos, de amor. Ele sempre teve o dom de acalmá-la. Entretanto, os tempos são outros, e ela havia aprendido a ser por si só. A contar mais com ela mesma, embora contasse com o carinho distante dele.
Pensou. Pensou na atual situação e achou que mandar mensagens de madrugada talvez fosse uma boa ideia. Ela gostava, pelo menos.

Mandou uma mensagem, queria que ele soubesse que estava pensando nele. Sentindo vergonha da própria decisão e completamente insegura, enviou. Na mensagem disse sobre o pesadelo, a insônia que ele provocara e a vontade de estar junto.
Abro um espaço para a breguice aqui: como se adiantasse para passar sua vergonha, escondeu o celular de suas vistas, como uma criança que fez arte. Entretanto, aguçou ainda mais ou ouvidos, a espera de qualquer bipe.

Mas ele não veio. Um minuto, 2 minutos, 10 minutos. Meia hora. Quarenta minutos e nada. "Talvez ele esteja dormindo", pensou. Ou talvez não goste de mensagens de madrugada como ela. Triste e frustrada resolveu tentar voltar a dormir, afinal, insônia deveria ser só para quem pode.

Tentou fugir do sonho-pesadelo acordada. E agora queria dormir pra fugir da realidade. Para se certificar que receberia uma surpresa de manhã, soterrou o celular com almofadas.

Deitou-se e se encasulou no edredon, em prono de barriga pra baixo. Certificou-se de que REALMENTE estava de barriga pra baixo, para não correr o risco. Rezou de novo. Pediu a proteção do Anjo da Guarda também nos sonhos. Pediu paz de espírito e tranquilidade no coração. Pediu um sonho bom. Por fim, ainda na lista dos pedidos, pediu que o Anjo desse a mão pra ela. Enquanto pedia, colocou a mão esquerda pra fora das cobertas, para ele segurar. Apertou a mão do Anjo e fechou os olhos.

Mal acordou e num salto foi a procura do celular soterrado. Nada de resposta. Nada. Colocou-o embaixo das almofadas, numa espécie de castigo. Como se ele tivesse entendido o apuro em que se metera, logo um bipe foi ouvido.

"Ei, você está bem?"

Sim, ela estava. Novamente ela se sentia bem.


"Tem gente que pensa que eu me acho. Mal sabem eles que eu só me perco." 
Caio Fernando Abreu


PS1: Obrigada pelas visitas no último post! E você, Clarice, está convidada a escrever mais vezes!

PS2: Obrigada por todas as visitas no blog, gente! Quem puder, siga o blog que ele e eu ficaremos muuuito felizes! 

PS3:Não deixem de comentar e de votar nas 3 opções abaixo do texto! É meu feedback aqui!

Ninhá!
Pessoal! Tudo certo com vocês? Primeiro: muuuuuuito obrigadíssima pelas 1667 visitas no último post! =) Muito obrigada mesmo! E ao Fabiano (fossísimo), por ter rettwitado o link.

Em segundo lugar, muito obrigada pelos votinhos e pelos comentários fofuchos de vocês! =)

Em terceiro lugar, o post de hoje é de uma leitora. SIIIIIM! \o/ Recebi um texto por e-mail de uma leitorinha linda que escreveu pra gente! Aproveito pra dizer que todos podem mandar textos bacanas pra eu colocar aqui no blog, viu?!

O post de hoje é sobre uma coisa brega. Olha, me permito dizer isso porque a própria autora assumiu a tamanha breguice. E eu ADORO brega! Segue então o post (tal e qual me foi enviado!):



"Hoje descobri que estou apaixonada...

Ontem eu não falei com ele. O ruim dos tempos modernos é que às vezes nos falta tempo para falar com as pessoas que gostamos. Mas isso me passaria desapercebido se eu não tivesse recebido uma mensagem dele. Uma mensagem cheia de carinho, dizendo apenas três palavras: “Estou com saudade”. Essa mensagem me fez sentir saudade também. Respondi. Perguntei se iríamos nos falar mais tarde. Mas, ontem eu não falei com ele. Ele me respondeu que não sabia. Nesse momento, eu senti o poder dessas palavras. 
A angústia era tão grande que era difícil de acreditar. Por que eu me sentia assim? Aquela comida só podia estar estragada. Comecei a imaginar os porquês daquela resposta. O que ele estava fazendo? Onde estava? Com quem estava? Eu não sabia e nem queria responder àquelas perguntas. Por que eu estava pensando nisso? Era loucura. A noite passou e isso não saiu da minha cabeça. Queria ter falado com ele. Será que ele também queria? Eu nunca tinha ficado tão angustiada por tão nulo motivo. Quanta breguice. Nem me reconhecia mais. Só tinha uma explicação. Estava na cara. Uma explicação brega: eu estou completamente apaixonada por ele. E ontem eu não falei com ele. Ah, meu Deus, como eu sou brega!

Pensando melhor, caro leitor, talvez essa breguice seja o que está faltando nesse mundo."

Clarice tem 20 anos, é estudante universitária e uma brega assumidíssima! E está mais do que convidada a escrever mais vezes!

E confesso: apesar de rir muito do "desespero" da Clarice, devo dizer que sinto coisas semelhantes!

"Eu te amo calado
como quem ouve uma sinfonia de silêncios e de luz.
 Nós somos medo e desejo,
somos feitos de silêncio e som.
Tem certas coisas que eu não sei dizer..."
Lulu Santos - Certas Coisas

PS1: a versão dessa música com o Lenine cantando é PERFEITA!

PS2: juro que cogitei colocar um trecho de Boate Azul pra completar a breguice... Mas tava ouvindo essa música linda e achei mais cabível!


Ninhá!
fofo! =)

Tá, tá, tá, tá e tá. Eu atrasei com esse post, eu sei. Mas pera lá, galera: tô com a minha pacata vidinha corrida demais, a faculdade está acabando com a minha vida social (sente o drama! hahaha) e até pra escrever aqui no blog tá complicado. Mas lá vai.
Eu tinha programado um texto contando do final de semana ótimo. Com um show e meio do Pedra Letícia (sim, no de Bauru não fiquei! - logo, focarei no de sexta) e tantas outras coisas divertidas. Mas, ora, eu sou prolixa e não consigo focar muito nos temas (e sim! passei no vestibular e minha redação foi boa, tá?!).
Eu, Caio, Mandão gatchenha e Rapha

O que eu tirei mesmo do final de semana é que matar aula de sexta feira pra poder ir ao show (ou à Peruada, como quase fui) vale a pena. Assim, melhoro a minha situação: chutar o pau da barraca às vezes é preciso. Ou pelo menos passar uma rasteira de leve nele. Acho que fiz isso. Rá. Como eu sou malandra. hahahahaha

Enfim, pra quem viu meus tweets ou leu no meu facebook, este foi um dos melhores finais de semana do ano, e, sendo assim, certamente merecia um post aqui!
O que teve? Teve bããão, meus caros. A começar de sair com a Mandão e dar muitas risadas. Reencontrar o Rapha e conhecer o Caio. Tirar foto com uma Marilyn Monroe, dançar muito, ficar puta da vida com um cara sem noção me agarrando e ser salva pelos amigos e por um segurança divertidíssimo.

Chiquiiiiiiinho!
Extravasei novamente. Cantei, dancei, pulei, dei muita risada, cantei Boate Azul ajoelhada (conforme os ensinamentos da menina de xadrez do show em Marília), fui motivo de gozação dos seguranças... Mas enfim... Tudo vale a pena.

O que eu queria muito considerar aqui é que as vezes as pessoas não tem noção do quanto nos fazem felizes. Do quanto nos proporcionam alegria e bem estar. E, conforme minhas promessas de começo de ano, procuro agora comunicá-las o quão importante elas são pra mim. De verdade, já perdi gente (calma! a maioria não morreu, viu? digo "perdi contato") importante demais sem ter dito isso e não sei bem se elas tinham noção da importância delas na minha vida.
Ê! Ganhei um beijo! 
Eu sei que dia 20/21 (pra quem não entendeu, 21 não é mês, tá? é tipo "dia 20 pro dia 21") eu repeti isso várias vezes (e eu não bebo, juro!), mas não custa frisar e deixar por escrito: Fabiano, Kuky, Thiago, Zé e Chiquiiiiinho --> muito, muito obrigada por tudo! De verdade! Vocês moram no coração! (aaaooownti!) =)
Aliás... Esqueci de falar isso pra vocês, mas caso vocês leiam esse post... Então, eu sei que músicos tem muita dor por LER/DORT... então, ano que vem me formo em fisioterapia e vocês poderiam me dar um emprego, né? Cof cof...

Já que é um post muito mais alegre do que o passado (recebi 4 emails de pessoas ameaçando cortar os próprios pulsos. Gente! Era um post, só! Esse tá mais light! E parem de me assustar, por favor!), aproveito pra agradecer a companhia, as risadas e a proteção (do menino tarado) da Mandão, Rapha e Caio.

E, pra terminar, algumas considerações:
Kuky

1- Desculpa por não ter ido à Peruada contigo, Marii.
2- Obrigada pela palheta, Kuky!
3- Eu realmente fiquei preocupada com os cortadores de pulsos anônimos! Gente, calma!
4- Post mais curto e light. Prometo um mais elaborado e NÃO DEPRESSIVO (bom, depende do meu estado de espírito, na verdade) da próxima vez.
5- Faltou Thaís e toda a estridência dela. E o Parça e toda a parceria nossa!
6- Queria ter ficado mais no de Bauru!

e... A última consideração, mas acho que a mais importante é...

Acho que pra ele sim eu pedi um emprego...
7- Tem gente que mora no nosso coração e sabe. Tem gente que mora e não sabe. Tem gente que mesmo antes da gente conhecer melhor mora no nosso coração e quando a gente tem a oportunidade de conhecê-las melhor... Bem, é uma delícia! =)

PS 1: Primeiro post aberto a comentários, mas estes serão moderados pra não virar zona. Aproveitei esse post sendo mais leve e sutil para isso mesmo. Vamos experimentar...

PS 2: Pessoa que me pediu: coloquei as fotos com os meninos da banda, ok?

PS 3: Pessoal que me pediu: eu ia colocar a foto com a medonha  Marilyn Monroe, mas fiquei com vergonha alheia pelo moço ao ver a foto. Quem quiser, só me pedir no msn.

PS 4: O show foi sexta. Fui sentir meus dedos dos pés só na quarta. Maldito salto alto.

PS 4: Eu podia estar roubando, matando, bebendo, usando droga, ouvindo sertanejo (brincadeira, viu! NOT)... Mas tô pendindo: comentem, participem e sigam o blog caso este os agrade. =)
Ninhá!
Amiguinhos e amiguinhas que acompanham o blog!

Em primeiro lugar, MUITO obrigada pelas 1234 visitas do ultimo post. Nunca na história deste humilde e despretencioso bloguinho recebi tantas visitas! Muito obrigada! E muito obrigada por votarem nos ícones embaixo dos posts!

Em segundo lugar, prometo que em breve ativarei a sessão de comentários. =)

E em terceiro lugar, o texto de agora é um texto escrito há um tempo atrás. É, achei ele hoje de manhã, fuçando nas gavetas da cômoda de casa. É um texto triste, mas calma lá: estou feliz, ok? Feliz demais! Já faz um tempo deste texto. Tomei a liberdade de fazer alguns ajustes nele, acrescentar mais coisas. Espero que gostem. Lá vai:

Eu não sei como te dizer isto. Não sei mesmo. Talvez a melhor forma de dizer alguma coisa, seja calar-se por completo. O silêncio pode dizer mais do que eu nesta carta que provavelmente nunca chegará até você.
Mas eu preciso desabafar. E como nem eu mesma encontro-me num estado em que possa compreender meus próprios pensamentos, colocarei-os no papel, e, depois, lendo e relendo... Quem sabe, né.
Acontece que eu estremeci naquele dia. Meu mundo desabou. Perdi o chão, o ar, o mundo. Meu mundo. Perdi você. Perdi? Hoje sei que não, mas quando escrevi isto, parecia que sim.
Mas você está aí. O sol brilha como sempre brilhou. A chuva continua me dando sono. Eu continuo tendo medo de trovão. E estou em paz, feliz.
Quando você chega perto eu tremo e é só ouvir a tua voz para que eu seja despertada num sobressalto. O toque da sua mão me causa palpitações e quando seu rosto chega perto do meu, sinto que faço apnéia. E não entendo o por quê. Talvez porque prender a respiração seja algo poético para dizer aqui. Talvez seja só impressão minha.
É, deve ser. Não faço apnéia. Mas tenho dispnéia. Só que eu sou asmática, então não se sinta responsável por isso. Eu tenho problemas respiratórios. Mas o meu coração pára quando eu te vejo.
Mentira. Não para não. Nunca fui ressucitada e eu teria morrido se ele tivesse parado. No entanto, continuo aqui. Viva. Bom, talvez seja verdade que meu coração dispara quando eu te vejo. Mas ele dispara também quando eu corro do que tenho medo. Adrenalina, sabe como é né.
Seu perfume amadeirado, inebriante entra pelas minhas narinas e me envolve toda. E pasme, consigo identificar seu perfume em meio a toda uma multidão. Eu fico com ele no corpo quando você me abraça.
A tua voz... Ah! A tua voz! A tua voz é linda! Aveludada, grave, séria. Me faz estremecer. Chama atenção. E hoje, sem ela, me sinto só.
Achei que me perderia em meio à solidão. De "amigos". De você. Mas pessoas maravilhosas existem. Amigos de verdade existem. E, embora alguns sejam descrentes até mesmo da tua existência, você sempre foi um dos meus melhores amigos.
A vida não é mais a mesma desde que você se foi. O meu mundo guarda um lugar pro teu retorno. O frio não passa sem você pra me aquecer.
Mas a vida sempre muda. O teu lugar continua guardado, mas isso não impede do mundo girar. O frio sempre existiu e para ele inventaram roupas elegantes e cachecóis. Não é a mesma coisa, mas me aquecem.
Talvez hoje eu veja as coisas de outra forma. De uma maneira mais madura.
Sinto falta de você sim. Mas também sinto falta de outras pessoas com as quais perdi o contato. E, aos poucos tento saber destas pessoas. Decidi que não deixarei elas sairem mais da minha vida a menos que isto seja uma escolha delas.
Coloco isto hoje no blog para que você leia, se o destino te levar a ler. Ei, eu tenho um blog, sabia?! Tá, eu sei que você sabe. Mas é que tenho vontade de te contar tudo o que aconteceu desde daqueles dias sombrios. Ou recontar, já que a maior parte você sabe.
Ser dramática nunca foi o meu forte. Sempre tive um ar cômico, e então tudo o que eu falo soa como piada, talvez. E você ria disso. Eu acho engraçado até e encaro como um dom (já que não tem mais jeito né...), pois é difícil as pessoas fazerem piadas do mal que acontecem com elas. Só que não se esqueça, muitas vezes as pessoas mais alegres são aquelas que escondem mais tristezas e dúvidas dentro delas. O que muda dessas pessoas para outras é a forma de transparecer isso. Ou de guardar.
O que eu queria te dizer, na verdade... Bem, eu queria te dizer algo. Dizer a você. Mas hoje tenho uma melhor noção de todo e de que todo mundo deve saber de algumas coisas. Por isso compartilho palavras e sentimentos aqui. Alguns se identificam, outros acham bobagem. Mas ainda tenho a esperança de poder tocar alguém com o que eu digo aqui. E também espero compartilhar o que outros também querem "por pra fora".
O que eu quero dizer mesmo é que você tem que se achar mais importante. Porque você é importante. Você é capaz de mudar o mundo! Ou, pelo menos, o mundo de alguém. Portanto, não vá se machucando, não se anule, não tente dar fim a você mesmo dentro desse mundo. Jamais o abandone.
Quando você se machuca, machuca outros. Quando você machuca outras pessoas, machuca mais outras. Quando você se anula, o mal acontece. E quando você deixa um mundo, os habitantes dele entram em luto. Portanto, cuide-se. Valorize-se. Tenha noção da importância que você tem.
Tudo é um elo e, sendo assim, está interligado. A gente é responsável por quem e pelo que conquistamos. Lembre-se disso, sempre.

"Queria te dizer para não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também." 
Caio Fernando Abreu
Ninhá!
Oi people! =) Conforme muuuita gente me pediu, faço aqui um breve relato do show do Pedra Letícia de quinta feira, 28/04. Claro que um relato em si não tem tanta graça quando um relato do que vivenciei e pude refletir  (Pedra Letícia também é reflexão!) nestes últimos dias.

O primeiro passo foi caçar uma companheira de aventura. Ana Pê (Sim! Somos uma dupla! Ana Cê e Ana Pê) topou. Daí já percebi que quanto você mais convive com as mesmas pessoas, menos oportunidade tem de conhecer gente nova. Gente maravilhosa. Com a Ana Pê foi assim. =) Percebi também que quanto mais você cisma em grupinhos de "amigos", mais se isola e desaprende a viver com você mesmo.

Cabe aqui um comentário: pra quem ficou espantado com tamanha a minha euforia pra ver o Pedra Letícia, eu explico. Conheço a banda há uns 5, 6 anos e conversava até que bastante com o Fabiano. Por alguns problemas de interpretação e entendimento, e, principalmente com a mudança repentina do meu msn, perdemos o contato. Mas o carinho da minha parte continua o mesmo. E devo dizer que aprendi muito com ele nessas conversas emeésseênicas. O cara é gente boa mesmo, pipól. E sim, eu sei cantar todas as músicas, tá?!

Bom, chegamos ao Pub e encontramos uma turminha que para mim era uma vasta e diversificada turma (bem diferente das que eu conheci até então na faculdade). Pessoas do primeiro, segundo e quarto ano. Eu representava o terceiro. E me senti bem. Estranhamente bem como nunca havia me sentido. De repente estava acolhida. E livre. Me sentia espantosamente livre.

Para quem me conhece "meia-boca", sabe que eu vou em shows para me acabar. Sim! Eu sou daquelas que pulam, cantam, dançam, fazem coreografias, choram e saem roucas e mal suportando os próprios pés de tanto que pulou. E isso me faz bem. Extravasar faz bem.
Devo dizer que há muito precisava de algo assim e, embora estivesse sem os meus companheiros fiéis de Los Hermanos Cover (hoje Vinil Verde), eu havia decidido que me divertiria a qualquer custo. Ou melhor: ao meu custo.

Mal a banda entrou e eu fui loucamente puxada por um moço que queria que eu subisse no palco (hein?!). Fui parar no beija-palco, empolgada por ver o cara que um dia conversava por msn e a banda dele que eu ouço quando tô triste (ou não). Daí que me perdi, obviamente (agora me diz, quando é que eu NÃO me perco?). Olhei pros lados, para trás e naaada da Ana Pê ou do pessoal. Mas bem, eu tinha meu novo amigo empolgado e uma menina de camisa xadrez divertidíssima que conversava e pulava comigo.

Devo dizer: me diverti horrores. Cantei muuuito! Todas as músicas. Eu disse que sabia todas as músicas! Rá. Dancei Sidney Magal (já disse que adoro o Magal?) Pulei mesmo de salto (invejando uma menina que estava do meu lado de All Star), gritei e atéééé cantei Boate Azul ajoelhada com a garota da camisa xadrez(porque segundo ela, essa música DEVE ser cantada de joelhos).

Porque afinal... Se não tiver ninguém... Eu faço sozinha mesmo.

Uma vez assisti a um episódio do Cold Case que, resumindo, era assim: mulheres eram sequestradas e mantidas num lugar frio, escuro e sem esperança até que desistissem de viver. Todas morreram. Aliás, quase todas: uma foi encontrada viva, cantando. Com ela mesma. Porque ela nunca desistiu de si mesma. Esse episódio me marcou demais. Porque, quantas vezes a gente "larga" de viver por causa de outros? Se um não vai a um lugar, nós também não vamos. Deixamos que a nossa alegria dependa de paixões, amizades, expectativas que nós mesmos criamos sobre as pessoas.

Ora, ninguém deve carregar o peso de ser como a gente queria. Logo, como dizem (e já é clichê), a única maneira de não se decepcionar com as pessoas, é não esperar nada delas. Mas a gente espera, e se frustra. Muitas vezes queremos que elas sejam como nós, quando na verdade, NUNCA SERÃO (capitão Nascimento feelings).

Porque ser nós mesmos... É uma delícia! E afirmo: nos dias de hoje é um dom até. E eu me senti bem sendo eu mesma naquele show. Aliás, tenho me sentido muito bem comigo mesma, obrigada. Acho que em 2 anos e pouco de faculdade, estou vivendo o melhor momento desta fase. Vivendo mais leve, sem mágoas, sem frustrações. Feliz.

Também gostaria de citar alguns ensinamentos do especialista Gabriel do CastLove. Ele disse assim, certa vez: a gente tem que gostar da gente mesmo. Se olhar no espelho e dizer 'Eu sou lindo.' E não se vestir e se arrumar pros outros. Porque o que importa é você ser para você mesmo. As coisas acontecem como consequencia de outras. E, mais um clichê, você atrai MESMO o que transmite.

Já que este post diz respeito ao Pedra, uma vez (há uns 4 anos), o Fabiano me disse uma coisa - e talvez nem se lembre mais, mas me marcou - que me acompanha até hoje... Era algo assim: as pessoas só fazem com você o que você deixa que elas façam. Se você não quer, ninguém pode te obrigar. Se você se sentir obrigado, é por que no seu íntimo você quer, só não quer assumir.

Por fim, deixo alguns agradecimentos:

- À Ana Pê, pessoinha magavigosa e ao Fer, meu querido amigo que aguenta meus surtos de euforia.

- À Michelle e os seus amigos da Famema pela carona.

- Aos meus amigos e companheiros fiéis de shows-lava-alma: Thá, Tamy, Alê, Pulga, Jéh.

- Aos amigos que quero curtir um lava-alma ainda: Pote, Danna, mamãe Ju, Marii e Mandão.

- À And que mesmo de longe se faz tão presente.

-À Fran, que jura que o Fabiano não é ele e que antes dele um tal de Carlão cantava no Pedra Letícia.

- Aos meninos do Vinil Verde (LHc), responsáveis por muitas sessões de lava-alma, das quais saí leve, disposta e pronta pra mais vida.

- Ao pessoal do Pedra Letícia pelo show maravilhoso (e perdoem o povo de Sociais, eles não sabem o que fazem, só fazem greve mesmo...) e pela oportunidade de pular, cantar, gritar e me acabar. Em especial ao Fabiano, pelas conversas antigas pelo msn.


"Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superavél;quando somos abandonados por nós mesmos,a solidão é quase incurável..." 
Augusto Cury
Ninhá!
E de repente sentiu um conforto. Destes que acalmam, que confortam a alma da gente. Quente e aconchegante como um abraço verdadeiro e forte. Estava ali. Seca, aquecida. Sentia-se protegida.
Pensou na efemeridade das coisas, nas decepções que tivera até ali. Mas nada, nada importava. Ora, já haviam passado! E se eram passado, lá devem permanecer. Com o passado se aprende, mas revivê-lo é perda de tempo!

Uma lágrima escorreu pelo seu rosto. No passado ficaram lembranças, momentos inesquecíveis. Sorriu: momentos que por mais singelos que foram, mudaram-na para sempre. Lembrou de cada pessoa que passou por seu caminho. Pessoas com as quais queria ter amizade, mas não era parte do destino que tivessem. Amores platônicos. Amigos que não eram tão amigos assim. Pessoas que não mereciam o nobre título de amigo.

Enumerou os amores. Não foram muitos. Ao contrário: poucos foram os que ocuparam um espaço digno de príncipe no coração dela. Mas ora, amor mesmo não se encontra em cada esquina. Pensou melhor. Pensou mais. E concluiu que os platônicos, até o momento, foram os mais intensos e dolorosos deles. Mas os mais deliciosos e com requintes de magia também. Até o momento.

Lembrou de momentos tristes. Decepções. Como não havia ouvido seus pais? Como não havia notado a inveja, o ciúme e o ódio em olhares travestidos de doçura? Doçura não! Jamais! Olhares de dissimulação, de falsidade. A doçura não... A meiguice não... Concluiu que hoje, certamente sabe diferenciar melhor e identificar olhares. Passou a ser uma especialista.

Concluiu que alguns sons a despertavam. Ou despertavam sensações diferentes nela. A doçura da voz da mãe. A firmeza da voz do pai. A doçura do irmão. A voz de destaque da prima-mãe. A voz sóbria da prima-amiga. A estridência da Thaís (Rá!). A divertida voz da Mandão. A voz que de longe ela reconhecia da Marii. A voz séria e doce do Roddy. A grave voz do Micael (e sua risada contagiante). A aveludada e por vezes rouca voz dele.

Lembrou dos recentes choros. E por quem eles eram. E concluiu que a maioria das pessoas por quem havia chorado, não merecia tanto choro, tanta lágrima, tanto sofrimento. Definitivamente não mereciam. Definitivamente. E doía lá no fundo ainda. Era involuntário. Mas não valia a pena. Aliás, nunca valeram. Só causaram dor, destruição, solidão e sofrimento. Como, então, ela poderia chorar por pessoas e causas tão vazias?

Respondeu a si mesma: porque era tudo verdadeiro. O que ela sentia era verdadeiro. E não importava o que dissessem e o que fizessem. Se ela se magoava, era porque ela era verdadeira. Seus sentimentos eram verdadeiros. E era isso que importava. Nada mais.

Mas cada sorriso... Ah! Cada sorriso, risada ou gargalhada! Muitas vezes censurada pelo momento ou simplesmente por pessoas incapazes de compreender sua alegria. Ou até mesmo de aceitá-la. Mas mesmo censurada, ela sorria divertidamente por dentro.

Pensava tudo isso de olhos fechados, deitada embaixo de sua árvore predileta. Ao lado, ele. E de repente ela queria que todos que amava estivessem lá. Mas só ele estava. E engraçado como tinha se habituado à presença de alguém para se deitar e/ou dormir. Ele, a mãe, o Pequeno Príncipe, o MicAnim, o Alex, o Bud... A sensação de conforto vinha sempre da junção de seu corpo com o de alguém especial (ou algo representando esse alguém).

Estranho era o momento de silêncio entre os dois. Estranho é qualquer momento de silêncio que a envolva. Tão falante como é. Mas no seu silêncio, conversava consigo mesma.

Sentiu escurecer. Abriu os olhos. Lá estavam os olhos levemente claros do amigo.
 
 
- Duvido que você me alcança.
 
 
E correu. Correu por entre as árvores. Ela? Ela só ria. Sorria. Feliz.



"Ah como recusavam a sua densidade, como supunham ultrapassá-la quando, na verdade, nem sequer chegavam à sua periferia."
Caio Fernando Abreu
Ninhá!
People! O texto de hoje não foi escrito por mim (estou muiiiito atarefada, mas prometo que o próximo será meu!), mas sim por uma pessoa muito especial, o Roddy. Pedi a ele que falasse sobre o amor. Assim, na verdade pedi a ele que falasse sobre qualquer coisa, mas como ele só me enrola com a desculpa que não sabia sobre o que falar, dei a ideia de falar sobre o amor. E cá está este texto maravilhoso (e o convite para que mais pessoas especiais escrevam aqui!):

Me pediram que eu falasse sobre o amor. Mas como é que eu vou falar sobre o amor sendo que o amor é algo tão amplo que não cabe em palavras?

O que eu sei da minha experiência de vida sobre o amor nada mais é que dolorido ele é, mas que vale muito a pena amar.

Quando falo do amor, não digo apenas aquele amor entre homem e mulher (muito confundido com paixão, ultimamente). Eu quero dizer o amor amplo, que deveria existir entre todo e qualquer ser habitante do Planeta Terra.

O que na minha opinião falta é as pessoas olharem uns para os outros com amor, com carinho, compreensão. Amar quem a gente quer é fácil. Difícil é amar quem nos magoa, quem não nos corresponde, quem nos persegue, nos fere.

Eu escrevi que amor é diferente de paixão. Pois agora eu afirmo: apaixonados, vocês NÃO estão amando! Paixão é passageiro, é fogo, é carne, é sensualidade. O amor não... O amor vem sutil, brota no coração da gente, cresce florescendo a vida e colorindo o mundo que a gente enxerga.

O amor dói, sim... É, pode até doer. Mas no final das contas, compensa. simplesmente porque era amor. Era puro, inocente, sem segundas e terceiras intenções, sem interesse.

O que é puro e inocente permanece. O que é sensual, ligado às paixões é passageiro e geralmente resulta em frustrações.


E aonde a gente encontra o amor? Poxa, em todos os lugares! No respeito, na compreensão, no carinho, na amizade. Nas flores, árvores, chuva e terra. No seu cachorro abanando o rabo e babando em você (quando não te derruba ainda por cima) quando você chega em casa . No beijo na testa. Na gratidão. Na doação, nos corações dos voluntários, no sorriso de uma criança, no olhar de pessoas que amam a vida. Na mãe carregando seu filho na barriga. No cuidado com os velhinhos. Na alegria das crianças. Na luta e na força de vontade. Num abraço "grátis". Nas preocupações de um amigo.

Aliás, quer maior ato de amor que a vida? Não cabe a mim questionar ou falar de religião aqui, mas vamos combinar que quem nos deu a oportunidade de viver é quem mais nos ama.


Às vezes a maior forma de amor que encontramos está em puxões de orelha, broncas, preocupações. A gente passa por sofrimentos que não são nossos. E alegrias também. A gente alerta, não quer que a pessoa que amamos sofra. A gente passa por chato, estúpido, antiquado. Mas o que importa amigos, é que a gente alertou, demonstramos nosso amor por aquela pessoa. Se ela tem o entendimento no momento ou não já não cabe a nós julgarmos, mas a nossa parte já fizemos.

Já ouvi falar que esta geração (não sei bem se a minha idade me permite enquadrar-me aqui) é a geração do amor. É a geração com o dom da transformação pelo amor. De amar os animais, a natureza, seu semelhante. Olhar para o outro com carinho. Tudo isso é muito belo e bonito, mas acho que muitos andam distorcendo o sentido do amor.


O que eu vejo mesmo é que Amor virou Sexo, amar é ir pra cama. Beijar virou uma competição de quem pega mais baba alheia. Se apaixonar é ir pra cama e esperar o outro se importar. Amor próprio se confundiu com necessidade de auto-afirmação. Se importar é chatice. Beber é essencial para diversão. Se você é romântico à moda antiga, é frouxo. Se você dá em cima, é pegador. Se um pai e uma filha estão de mãos dadas, é o tiozão pegando a menininha. Fidelidade é utopia e namorar é monótono. Se você é honesto, é bobo. Bonito é quem tem carrão e veste roupas de marca. Linda é ser vulgar. Ninguém se importa em jogar bituca de cigarro no chão, fumar perto de quem não fuma. Gentileza é idiotice. Religião virou um tapete que esconde a sujeira e a hipocrisia das pessoas. Mata-se por Deus.


Sinceramente eu acho que as pessoas não estão prontas para receber aquelas que vieram ensinar o amor. A prova maior disso é que o primeiro que apareceu pregando o sentimento acabou pregado numa cruz.

E quantas pessoas não são crucificadas pelo julgamento alheio?


Se é voluntário e dá abraços grátis, que se aparecer. Se é carinhoso, é interesseiro. Se elogia, é puxa-saco. Se abraça e beija a todos, tá fazendo média. Se oferece ajuda, quer algo em troca. Se é atencioso, tá querendo saber de algo. Se abre sua vida, tá mentindo. Se não abre, tá escondendo. Se é feliz, é irritante, causa inveja. Se é delicado e gentil, é gay (E se for? Qual o problema?). Se dá risada, é exagerado. Se é tímido, é carrancudo, não se mistura.

Tudo isso me leva a crer que, embora os tempos sejam outros, o ser humano tem evoluído muito pouco quanto a sentimento. Evoluímos nossas máquinas, a medicina, a tecnologia. E ficamos andando a passos de tartaruga no quesito amor, humanização, fraternidade. Como eu já disse, ainda há quem mate em nome de Deus. Assim como faziam há muito tempo atrás, antes mesmo de se acreditar num deus único e universal (e é impressão minha ou ainda disputa-se quem tem o melhor deus?). Crucificam pessoas como crucificaram o irmão que nos uniu. Julgam como julgavam antes. E ainda há lugares que apedrejam mulheres.


Mas existem pessoas especiais. Atrevo-me a dizer que vieram de outro mundo, planeta ou até mesmo de dimensão. São cheias de defeitos, afinal, são humanas agora. Mas carregam dentro de si a capacidade de acreditar, a vontade da mudança, a luz que modifica, o amor universal. E é preciso muita sensibilidade para identificá-las e compreende-las. Digo isto porque quando vejo uma delas, logo percebo que são diferentes, mas estranhas às pessoas.


Essas pessoas, em geral, podem ser identificadas como pessoas queridas por muitos e odiadas por alguns, os que a admiração ultrapassou a linha tênue e virou inveja, como li num texto que recebi por email. Algumas são mais velhas e vejo muito disso em crianças. A vontade de amar, de amar a todos. A ingenuidade de achar bondade em tudo e todos. A vontade de cuidar. O brilho dos olhos e a liderança invejável (e invejada também).

São humanas. Seres humanos. Vieram plantar a sementinha do amor. E praticam humanidade. Como se pratica humanidade? Amando, oras!

Roddy é médico oftalmologista, tem 32 anos e é um grande amigo do blog. Espero que em breve mais amigos venham escrever aqui. Quem quiser, por favor, me fale. Estou ansiosa! =)



"Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente."

Francisco Cândido Xavier