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Ninhá!
Faz um tempinho que não dou o ar da graça por aqui. E eu queria chegar contando algo legal e tudo mais... E até tenho o que contar. Mas nada, absolutamente nada consegue ser legal quando a gente perde alguém querido.
Pois bem, amigos. Ontem o celular tocou, um choro de dor e desespero ouvi pela linha. Algo inesperado aconteceu. Tão inesperado que fui acreditar somente 40 minutos depois. Foi aí que a ficha caiu, o coração apertou e as lágrimas caíram inicialmente numa dor muda, que depois virou soluços.
Há muito não o via. Mas há muito queria o ver. E de repente me veio a consciência de que esse encontro físico não poderá mais acontecer.
A gente "perde" pessoas. Perder? Bom, perder, perder não. Mas a gente se vê obrigado, por circunstâncias que o destino nos impõe, de nos separarmos delas. Às vezes essa separação é tão abrupta que causa espanto, desespero. E até a ficha cair demora...
Dói do mesmo jeito. E as pessoas são diferentes. Umas sentem a dor na hora. Outras, depois. Muitas se debulham em lágrimas. Algumas não choram, mas sangram por dentro também (e dói, pois o choro por dentro faz arder o ferimento do oração).

Talvez a maior dor que a gente possa sentir seja pelo fato de que nunca demonstramos ou nunca declaramos o quanto gostamos das pessoas. E de repente elas se vão. E a gente perdeu a grande oportunidade de mostrar o quão importante elas nos são, mesmo que mal nos falemos.

Deixo aqui registradas as palavras que um leve arrependimento de não ter dito antes me aborda hoje: "Guardanapo" (apelido interno, sorry.), que você fique em paz. Que seja amparado e que sua família e amigos também o sejam. Você é uma pessoa muito especial e certamente fará falta aqui. Mas Papai do Céu achou melhor você ir. E, como já diria o José Alencar (que também faleceu ontem), até a morte planejada pelo Papai do Céu é bom, já que Deus que escolheu. Deus não desampara ninguém e nem comete injustiças. Dei muitas risadas com você e guardo todos esses momentos na memória, num lugar de lembranças boas, risadas sinceras e pessoas especiais. Fica com Deus, amigo.


Por hoje é isso. Não sei quando volto, mas me aguardem.

Um beijo a todos.

"Chorar é diminuir a profundidade da dor."
William Shakespeare.
Ninhá!
Me perdi. Depois, me achei. E quando achei que havia me achado... Não é que estava mais perdida que nunca? E, quando perdida... Tinha momentos de encontro.
Alguns fatos são estranhos. Esquisitos. Contraditórios. Às vezes as pessoas que nos trazem paz são as mesmas que nos causam conflitos. Um sorriso dado quando se quer chorar. Um choro de felicidade. Uma palavra quando o silêncio seria o ideal.

São nesses momentos que me perco. Que me acho. Que me perco e então me acham. Que então acho aonde me perdi e rodeio o buraco até que, enfim... Nele caio de novo.

Eu gosto do sorriso sincero, do choro convulsivo, da gargalhada espontânea, do olhar que diz tudo, o silêncio que traduz o que jamais palavra alguma traduziria. Eu gosto de mãos dadas, do coração em ritmo acelerado, quando a plaquinha do msn sobe, das borboletas fazendo acrobacias no meu estômago.

Gosto do impossível, do difícil, do sincero, da magia do que é singelo. Gosto de me perder, porque assim me questiono mais, aprendo mais, reflito o suficiente para me achar com ainda mais certeza do que sou. Do que acredito. Do que amo. Do que admiro.

Sou encantada pela luz. De onde quer que ela venha. Mas tem duas que mais me encantam. As luzes do Natal e as luzes que as pessoas emitem. É. Seja luz onde quer que vá. Luz é vida, é vontade!

E na luz é onde a gente se encontra. Gosto da luz. Mas admiro a escuridão.

Calmaria. Posso ouvir as ondas do mar quebrando na areia da praia. Ou não. Mais perto de mim posso encontrar a calmaria de poder me sentar embaixo de uma árvore preferida e lá ter paz.

Gosto do amor. Daquele amor puro, livre das amarras carnais ou de qualquer tipo de interesse que não seja ele próprio: o amor. O amor entre as almas. Aquele amor puro, singelo, que se encontra em pequenas coisinhas do dia-a-dia. A amor que doa, que ajuda, que apóia, que compreende, que perdoa e que pede perdão. O amor sem posse, sem ciúmes.

Gosto da magia. Do sorriso, da gargalhada, do palhaço e do mágico. Do picadeiro, da cara pintada, do nariz vermelho, da criançada. Da rima, da história, do cinema, da vitória. Da surpresa, da entrega, das cores, do brilho no olhar.

Gosto do eterno. Da alma. Dos sentimentos. Das histórias. Do imortal. Dos aprendizados, da emoção e das lembranças.

Enfim. A gente se perde às vezes. É inevitável. Mas, cá entre nós, é uma delícia! É se perdendo dentro de nós mesmos que questionamos nossas crenças, atitudes, o que temos feito e o que devemos fazer.
E é aí que nos encontramos. Em uma só palavra: LIBERDADE.

"É preciso amor pra poder pulsar. É preciso paz pra poder sorrir. É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora. Um dia a gente chega e no outro vai embora.
Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz. De ser feliz..."
Tocando em Frente - Almir Sater e Renato Teixeira

PS1: Confesso que escolher 1 só trecho dessa música pra colocar aqui foi MUITO difícil.

PS: Blog novo em equipe? Quem sabe...

Ninhá!
Ser mulher é difícil não é? Aliás, põe difícil nisso! Devo dizer que é uma vida "dolorosa". É... As cólicas das menstruações, a dor da primeira vez, dores sentimentais (daquelas que dá um nó na garganta e parece que estão esmagando seu coração)... E a dor do parto! Que deve ser terrível! Mas que dá origem a uma outra vida... E aí está uma das magias de ser mulher. Pelo menos a meu ver. (Talvez algumas feministas irão contra mim agora, mas tudo bem. Eu neeeeem ligo!)

Entããão... visto que nós MERECEMOS este dia eu venho nos homenagear sob o Ipê Branco. Pera... Mas nós quem? Nós, MULHERES DE VERDADE! Mulheres que dão orgulho e não vergonha à outras!
Logo, especifico.

Mulheres de verdade. Aquelas famosas MAÇÃS DO TOPO DA ÁRVORE. Mulheres com amor próprio. Mulheres que sabem que sensualidade é diferente de vulgaridade. Decididas. Independentes. Que saem da rotina e dos estigmas. Que respeitam as outras mulheres e os homens também. Que se respeitam e assim são respeitadas. Que sabem ser elegantes independentemente da classe social. Inteligentes e de bom coração. Ambientalistas. Mulheres que protegem as crianças. Cuidam e respeitam os idosos. Que não abortam uma vida simplesmente porque acham que tem o direito de decidir sobre o seu corpo. Que protegem a vida que carregam dentro de si, simplesmente por ser uma vida. Que são delicadas e fortes ao mesmo tempo. Que sabem se vestir independentemente de terem dinheiro. Mulheres que sabem que aparência não significa caráter. Mulheres que sabem ser mulheres dentro das suas condições. Gordinhas, magrinhas, altas, baixinhas, loiras, morenas, ruivas, branquinhas, morenas. Mulheres que não se insinuam. Mulheres que sabem paquerar com classe. Que não dão em cima e nem se envolvem com homens comprometidos em respeito a si mesma e à outra mulher. Mulheres que sabem ter amigos homens sem precisar dar em cima deles e nem fazer favores sexuais. Mulheres que sabem que nasceram inteiras. Que fazem amor. Que sabem liderar com compaixão e leveza. Que sabem que ser mulher é completamente diferente de ser um objeto sexual. Que acreditam no amor, mas não são tolas de sempre acreditarem nos homens. Mulheres.

Nós estamos por aí. Mães, meninas, adolescentes, crianças, moças. Esposas, namoradas, filhas, irmãs, primas, netas. Líderes mundiais, líderes em empresa ou em trabalhos em grupo.

Fisioterapeutas, médicas, enfermeiras, estudantes, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, dentistas, psicólogas, pedagogas, assistentes sociais. Professoras, escritoras, atrizes, voluntárias. Policiais, militares, donas de casa, primeiras-damas. Costureiras, advogadas, lixeiras, juízas, promotoras e delegadas. Pedreiras, cozinheiras, chefs, biólogas, pesquisadoras. Biomédicas, princesas, vendedoras, babás, motoristas, cobradoras, blogueiras, fashionistas. Entre tantas outras!

Não importa de onde vocês vem ou quem vocês são. Sejam sempre MULHERES DE VERDADE. Porque esta espécie... Está em extinção.


Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher, mulherada!
PS: Eu bem que tentei postar ontem. Mas o Blogspot me odeia. =p
Ninhá!
Sorry pelo taaaanto tempo sem escrever por aqui. Começaram minhas aulas e bem, eu não tinha nada pra escrever mesmo.

Daí que ontem, de volta à minha Terra Roxa, fiquei pensando e tentando me situar e adequar psicologicamente às mudanças que estão acontecendo e que irão acontecer.
Ora, mas as coisas estão sempre mudando, não é mesmo? E se elas fossem sempre iguais, a gente reclamaria. E, muitas vezes, quando elas mudam, a gente reclama do mesmo jeito.

Desde o ano passado muita coisa vem mudando em mim. Explico: modo de pensar, forma de encarar as coisas, modo de agir... A gente amaduresce, e embora continuemos sempre os mesmos na essência, nós mudamos também. Pra melhor, ou pra pior.

Mudaram-se as amizades: estou mais seletiva.
Mudou-se o jeito de pensar. Se antes eu tinha raiva, hoje tenho pena. Se antes eu achava "biscate", hoje procuro ver como alguém carente de amor próprio e que não respeita nem a si mesma, tendo necessidade de auto-afirmação e usando o sexo como forma de implorar migalhas de um sentimento que elas nunca vão achar dessa forma. Triste isso.
Mudou-se o modo de agir. Se antes eu responderia, hoje eu ignoro. Se antes eu responderia agressão com agressão, hoje eu ignoro e rezo pela pessoa que me agrediu.

E não é que a minha vida anda muito melhor assim? Cheguei a uma paz de espírito que acho que jamais havia chegado (ou havia, só que numa fase em que não percebi). Cheguei a um patamar de vibração onde poucas coisas me afetam. Ofensas não me afetam mais, perseguições, provocações e nem nada mais. Quando a gente eleva nosso pensamento e vibração, coisas ruins não nos atingem, pois estão baixas demais para nos afetar.

Mudei. É, mudei. Vejo, assim, que pra melhor. Mas na essência, continuo sendo a mesma. Aquela estudante de fisioterapia, filha do Dr. Vitor e da Dra. Neusa, irmã do Vitão. Aquela Vagalume que mesmo ausente tenta se fazer presente. A Ninhá, a Aninha, a Ana, a Ana Carolina, a Paquera, a Pincelzinha. Aquela que vive beijando e abraçando os outros, com o coração. Aquela que adora um "dedim de prosa". Aquela fanática pelo Pequeno Príncipe. A mesma que alopra nos LHc.

A amiga-irmã (mana) da Marii, da Thá, da Mandão, do Marcell e da Jéh. A mãe da Mel, da Harumi e do Pakito. A biiiga da Thamy e da Danna. A abôr do Micael. A Parça do Parça. A Boretti (Borettinha) do Triplex (Pellegrino e Petroni). A fã da Angélica (e não é a do Huck!). A Tchubs do Roddy. A Aninha da minha mãe, do meu pai, da Bia e do Alê. A Pincelzinha do Pínspi e da Tata. A Ninhá da Tiane, da Aninha, do Hanson, do Pote, da And e dos Vagas. A Paquera dos meus calouros queridos. E por aí vai (desculpa àquelas pessoas especiais que não citei aqui.)

O problema é que cada mudança traz um conjunto de mudancinhas. De consequências. O preço de ser diferente, os momentos de solidão, a desilução com as pessoas.

Aí ontem me peguei pensando sobre a grande mudança do ano. E me apavorei! Fiquei tensa ao saber que muitas mudancinhas virão com a mudanção. E não sei como lidar com isso.

Pensando bem, parece tão surreal que eu não consigo pensar em nada de concreto para fazer. Ou deixar de fazer. Ou tentar parar de sentir.

Só peço ao Papai do Céu entendimento. Entendimento, força, esperança, paciência, tolerância e resiliência. Acho que é tudo que eu preciso. E muito provavelmente o que eu sempre precisei. Pra tudo.

Por hoje é só, queridos!

"Na mudança de atitude não há mal que não se mude
nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro.
Na mudança do presente, a gente molda o futuro."
Gabriel O Pensador, na música "Até quando?"

PS: Juro que logo logo coloco a primeira indicação de livro!