Ninhá!
É! Eu sei que a minha postagem tá meio passada já mas eu estava em Bauru, na casa dos meus avós, onde comemorei o Natal.

E vocês, como passaram esta data tão especial?

Pensei muito esses dias em como escrever um texto sobre o Natal procurando fugir do clichê, do comum, do... Mas bem! É Natal e Natal é Natal, oras.

O que eu queria falar mesmo é que ao longo destes meus quase 20 anos (dia 31 tá aí já, gente!) o Natal foi cada vez mais perdendo toda aquela preparação. Explico: quando eu era pequena (digo, mais nova), eu estudava numa escola católica (por isso não poderei generalizar pois não sei se todas as escolas são assim). E quando chegava em novembro a gente já começava os preparativos para as comemorações de Natal.

Siiim! Trabalhinhos montando presépios, ensaios de músicas tocadas na flauta doce e cantadas, teatros sobre a vida de Jesus, leituras de textos sobre o nascimento do menino Jesus (meu preferido é o da Turma da Mônica!), amigos-secretos, lanches comunitários de confraternização... E tudo isso me fazia sentir mais o Natal.

Este ano, como os últimos dois ou três... Foi tudo meio estranho. Apesar de sempre sentir a inspiração desta época foi tudo meio conturbado, corrido. Faculdade, Projetos de Pesquisa, algumas mágoas, problemas...

Mas eis que dia 23 teve ato duplo dos Vagalumes! De manhã fomos a uma creche, e à tarde, numa Casa de Repouso de Idosos. Foi aí que o meu Natal começou a
acontecer. Quem conhece o Projeto, sabe como os Atos são momentos de uma magia única e duradoura.

De roupa colorida, jaleco decorado, pintura no rosto e presentes nas mãos nós fomos levar um pouquinho de nós para esses lugares. E tomamos a liberdade de pegar um pouquinhos das pessoas que encontramos também. E então o Natal finalmente veio para mim!

Dia 24 eu já estava na casa dos meus avós e estava assistindo TV com a Tata e minha mãe... Mexendo no celular e escutando a TV, na realidade. Eis que uma coisa que ouvi me chamou a atenção:

"Só os ricos tem Natal! Nós, que somos pobres não podemos dar presentes pros nossos filhos e nem recebemos nada. A gente não tem dinheiro. Não dá."

Fiquei muito indignada com essa afirmação. De verdade. Quer dizer que só os ricos tem Natal? Mas não era Jesus pobre? E o Natal não é a comemoração do aniversário dele?

Acho que cada dia mais as pessoas tem se esquecido do verdadeiro significado desta data: o nascimento de alguém que veio nos ensinar o amor. Assim, pelo menos é este significado que o Natal tem pra mim.

Paz, amor, perdão, alegria, união, família reunida... Não se precisa de dinheiro pra ter isso.

Eu acho perfeitamente compreensível o fato de ser difícil ser alegre quando não se tem o que comer, não se pode dar algo aos filhos... Mas amor dinheiro nenhum compra.

Acho que as vezes nós temos pensamentos mesquinhos, imaturos ou até mesmo egoístas. Enfim...

Fato é que neste Natal recebi demonstrações de carinho que nossa... Cada vez que lia uma mensagem nova eu me emocionava! Sério mesmo! Obrigada Alê, Marcell, Micael, Mandão, Thá, Marii, Samy Sam, Môa, Ligia, Nicole, Livinha, André, Thais... Muito MUITO obrigada pelo carinho! Vocês são muito especiais na minha vidinha!


Queria muito agradecer o Vitor (desta vez não é nem o pai, nem o avô e nem o filho) pela ótima conversa e pelos conselhos que me deu.

Acho que por enquanto é só! Próximo post é sobre... Ano Novo e 20 anos! Rá!


"In my place, in my place
Were lines that I couldn't change
I was lost, oh yeah..."
Coldplay - In my Place


PS1: Pinguim or not Pinguim?
PS2: Que saudade de escrever aqui!
PS3: Matéria sobre o Projeto Vagalumes na Revista Revide On-Line: http://www.revide.com.br/guia-cultural/teatro/artigos/vagalume/