Se tem uma coisa que eu não suporto é a indiferença. É. Não suporto. Me dá náusea, mal estar mesmo. No entanto, tenho sentido isso com certa frequencia.
Se tem outra coisa que eu não suporto são pseudo-amizades. É. Ou é amigo ou não, pô! E se for pra ser amigo, é pra tomar partido, é pra rir junto, é pra chorar junto, é pra puxar orelha e, sobretudo, se entregar de corpo e alma.
Pra mim, pseudo-amizade e coleguice (ou coleguismo, como preferir) é a mesma coisa. E colega é COMPLETAMENTE diferente de amigo.
Conversando com uma amiga, ela me aconselhou: "duvide sempre de quem tem (ou diz que tem) muitos amigos." E não é que ela está certa?
A amizade é uma coisa tão profunda que entendo muito bem porque o Pe. Luciano uma vez me disse numa carta que amigo mesmo a gente conta nos dedos de uma mão. E ainda sobra dedo. Ele também está certo.
Então, por que é que eu me decepciono tanto? Ora, não era pra eu já saber, se já me avisaram antes?
É, eu sou teimosa. Quebro a cara e o coração em pedacinhos e ainda vou atrás. Me decepciono (e acredito muito que decepciono os outros também, obviamente). Choro. Corro pro colo de gente amiga. Gente de verdade, com sentimentos de verdade, com sorriso de verdade. Mas lá estou sempre eu querendo ver se tem outra saída, solução. Se o que eu entendi é justamente aquilo que entendi.
Às vezes acho que as pessoas pensam que eu sou tonta. Mal elas sabem que eu sei o que elas falam de mim, inclusive sob o teto da casa da minha própria família. Desrespeito? Talvez. Total falta de consideração.
Bom, ao menos não tenho cara de tonta e nem me faço de tonta. Porque a terceira coisa (a primeira caso fôssemos colocar em ordem) que me irrita e que eu não suporto é que banquem o tonto, o coitadinho. Porque são justamente estas pessoas que escondem muito do que são. Escondem tão bem que se perdem em meio as suas mentiras. A garota com cara de meiga (ou "meigalinha", como preferirem), a pessoa que faz tanta questão de mostrar como é boa e caridosa (quando a esmola é muita, o santo desconfia!), a religiosa que anda com tercinho, santinho ou sei lá mais o quê pendurado quando na verdade é venenosa; aquela que é amiga de todo mundo (pois é! É justamente essa que sabe da vida sua. E da de todo mundo. E você, o que sabe dela?).
Para mim, tudo isso tem um nome: HIPOCRISIA.
Mas não será o mundo todo hipócrita? Não serei eu também diante dos olhos de quem está lendo meu desabafo?
Seja como for, se o mundo é assim mesmo ou não, não me cabe discutir aqui. Já passei o dia numa discussão interna e não cheguei a conclusão alguma. Fato é que hoje me deparei com um dos mais hipócritas dos meus dias por aqui. Tão hipócrita que resolvi me meter no meu lugar mais seguro o resto dele.
Contei meus feitos do dia pros meus pais. Mamãe não ficou lá muito feliz. Papai menos ainda. Pudera: pais se preocupam com filhos. Pais não vendem os filhos pra qualquer um na rua. Minha mãe se preocupa com os meus sentimentos. Papai com a minha solidão. Expliquei pra ele que solidão é um estado ao qual todos estamos sujeitos desde que nascemos: é a grande sina do homem.
Sozinha eu já estava antes de tomar essa decisão. Sozinha eu já me sentia antes de ter provas concretas. Sozinha eu sempre fui e tentei camuflar isso com multidões.
Peraí. Mas solidão é algo passageiro. É, a gente tem instantes de solidão. Até a gente chegar em casa e encontrar com os rostos amigos. Até a gente ouvir a voz da pessoa amada. Até sua amiga doida cantar e tocar violão na web cam pra você parar de chorar. Até uma mensagem de celular chegar. Até os pais ligarem e declararem saudade. Até o seu irmão te chamar no msn. Até você se encontrar consigo mesmo.
Encontrar-se consigo mesmo não é uma tarefa fácil. Digo isso como leiga de meditações e iogas e afins. Pra eu me encontrar arrisco a dizer que a tristeza é tão grande que me introverto. Entro mais fundo dentro de mim mesma e acho o meu "eu". Talvez ele seja o meu melhor amigo. Talvez ele seja quem me conheça melhor nesta vida. Ou em todas as outras também.
Engraçado é que a gente só procura nós mesmo quando nos sentimos sozinhos. Este foi o meu caso.
E pela primeira vez, me senti confortável em sentar sozinha na escada. Pela primeira vez me senti bem ao revirar as vísceras de quem eu sou. Pela primeira vez eu acho que consegui colocar pra fora tudo o que me sufoca.
"Você não está sozinha.", ele disse.
"É, eu sei que não."
"Então por que choras?"
"Porque talvez fosse melhor estar."
E ele envolveu-me em seus braços, enquanto eu me contradizia dentro de mim mesma.



ahh que linda!!!
pode contar comigo sempre que precisar... :)
Owwwn! *-* Pode acreditar que já conto, amiga!
Muito obrigada por tudo!
=*
ahhhh maninha . chora mais nao . odeio ver vc chorando ou triste .
esse povo mala que deixa a minha mana(a minha baixinha) triste , ei ai ai . hehe
pode conta comigo e com as minhas mensagens no cel sempre ! hehehehe
bjos da mana jeh. te amo !!
P.S : seu bloguinho continua lindo !
E ela me chamou de doida! :O
UHAUHAUHAUHAUHUHAUHA
Eu te desculpo, porque tá lindo-lindo!
E eu te amo.
Ps: Não acho que você precise rever seus conceitos; acho que o anônimo precisa prestar mais atenção e tentar entender o sentido desse post, que representa justamente uma contradição.
Enfim, eu gosto dos seus posts e eu acho que escrever te ajuda! Continue assim! Beijão!