Ninhá!
Não sei. Posso estar sendo trágica, mas hoje eu pude enxergar como as pessoas são.

Se me senti deslocada? Talvez. Mas não muito. Tive ânsia em certo momento. Passei mal. Estava calor e tinha alguma coisa muito estranha no ar.

Empalideci. Tonteei. Alguém percebeu. Fui socorrida. Fui socorrida por mais alguém. Me deram água, respirei fundo. Fechei os olhos. Minhas pernas falseavam. Bebi mais água. Respirei calmamente. Tentei expulsar o volume residual dos meus pulmões. Disseram-me que eu estava retornando à cor normal. E é bem verdade que me sentia um pouco melhor.

Fui pra fora. Sentei no chão. Aos poucos fui me recuperando.

Voltei e não me sentia mais tão à vontade em meio as pessoas. Alternava momentos de integração com momentos em que fiquei sozinha.
Pelo sim ou pelo não, fiquei junto da moça de olhos azuis. Conversamos, rimos, fizemos companhia nas tradicionais idas ao banheiro femininas.

Senti algo estranho: eu não pertencia ao contexto, ao que parecia. Só que ao mesmo tempo, outras pessoas não pertenciam.

Não bebo, não fumo, não fico, não beijo sem sentimentos, não danço funk e, particularmente acho vulgar, não me esfrego nos outros, não uso micro roupas e fico rebolando pra chamar atenção. Não finjo ser quem eu não sou, embora esconda muitas coisas do meu "eu", justamente pra esse "eu" não se machucar. Não julgo ninguém que faz essas coisas, pois sei distinguir "quem é de verdade e quem é de mentira".

Mas não era por nada disso que eu me sentia fora do contexto. De forma alguma. O que me deixou desconfortável foi algo que nem eu sei explicar, embora eu saiba o que é.
Não foi a solidão, pois tive companhia.

Talvez eu esperasse, novamente, mais das pessoas. Talvez a decepção com uma pessoa em especial tenha sido muito grande. Fiquei triste por um lado, mas por outro, encontrei a minha aflição em outras pessoas. Me encontrei.

Ouvi uma declaração de "estou do teu lado porque te conheço". Fiquei feliz. Alguém conseguia enxergar as mesmas coisas que eu.

Terminei o dia indo pra casa ensopada! Não, não choveu! E eu adorei a guerra de bexigas d'água, molhar os professores, fazer tchutchu neles.

E fui embora de carona com a garota dos olhos azuis. Antes que ficasse só.


Observação: Aproveito pra agradecer algumas pessoas, por tudo: a garota de cabelos roxos, a garota de olhos azuis, a garota que queria me tirar pra dançar e descobriu meu mal-estar, a garota delicada de bochechas rosadas, o moço que cria lagartixas na despensa de casa, o moço que viaja comigo num trenzinho, o moço que vai me dar o carro dele (hohoho!), o moço do ipê branco, a moça cor-de-rosa, a moça lilás, a garota que me acompanhou na aventura no centro da cidade ontem.

Ufa! Acho que acabei. =D

PS: Post de hoje tá pobre. Mas entendam que estou meio magoada e muito cansada das atividades divertidíssimas de hoje.


3 Responses
  1. Ninhá! Says:

    Putz! Eu fui correndo pra não perder a carona! Sabe como é né... Carona é sempre bom!

    Tô melhor sim! E o post de amanhã será melhor também!

    A dona Inspiração resolveu abandonar a minha pessoa hoje!

    obrigaaada!

    beeeijo!


  2. Marii Says:

    Quem será que tem cabelos roxos?
    huAUHAHUAUHAHUHAAHUUAhUHAA...

    Só pra descontrair!
    Se anime, coisinha!

    A mana te ama. FATO!


  3. Ninhá! Says:

    Quem serááá???? hahahaha

    E eu aaaaaamo essa daí de cabelos roxos!

    Animarei-me, mana! E seu comentário já contribuiu pra isso!


    beeeijo!