Ninhá!
Comecei o ano já quebrando tradições. Sim! O meu tradicional preenchimento de agenda ficou pra hoje de manhazinha, pois finalmente São Pedro deu uma trégua e eu pude visitar, ainda que só, o Ipê Branco.
Devo dizer que é meio difícil encontrá-lo sem a companhia certa e sem ele estar florido. Mas me certifiquei pela marquinha no tronco. Sim! É o Ipê Branco certo!
Sentei-me sobre uma toalha que havia trazido. Meus olhos lutavam pra se fecharem, enquanto eu lutava para mantê-los abertos. Não tinha muito tempo, logo minha mãe viria me buscar.
Comecei. Nome, endereço, contato... Só daí então percebi que uma semana do novo ano já se passou. E eu mal percebi!
Também pudera! Passeios, açaís, a And veio pra cá, esfiharia, mímicas, Praça Encantada...

Essa semana foi MARAVILHOSA! Tão maravilhosa que eu pude reviver o gostinho dos velhos tempos (tá, de uns 2, 3 anos atrás). E foi inesquecível. Espero que esta semana tenha sido apenas uma prévia do que 2011 promete!
Resolvi então marcar sim cada fato da semana passada na agenda. Afinal, semanas assim não devem ficar esquecidas.

Parei. Pensei. Já sentiram a sensação de como é estranho estar sozinh@ num lugar onde sempre se estava acompanhad@? E sempre da mesma (ou das mesmas) pessoa(s)?
Senti essa sensação e acredito ser saudade. Aliás, quero que seja só saudade.

Aliás, lembrem-me de que estou devendo um breve relato sobre a famosa Praça Encantada e as aventuras com o Micael nela, ok?

Sorri lembrando da Praça. Gargalhei sozinha relembrando a semana. Lembrei que a Mandão chega hoje de viagem e eu estou louca pra revê-la. Saudade, saudade, saudade. Ah, e quero demais arrastá-la pra Marília comigo!

Fechei os olhos (bem, acho que fechei, pelo menos). Refleti. Às vezes as pessoas saem de nossas vidas e deixam marcas. Marcas positivas. Às vezes elas saem e deixam dor, sofrimento e destruição. Às vezes nos deixam lembranças de um tempo bom apenas.
Muitas vezes não queremos que estas pessoas nos deixem. Muitas vezes elas nos deixam por conta de nós mesmos. E muitíssimas vezes elas se vão por escolhas delas. Outras vezes, por mero destino.

Relembrei então uma pessoinha muito especial que há muito não vejo. Deve estar grande agora... Morena, cabelos lisos em chanel, o sorriso de dentes de leite (talvez hoje haja alguma janelinha)... Duro é superar essa "perda". Tenho tentado, mas é só lembrar que me dá vontade de chorar.

Sabem, a meu ver, as pessoas podem ser cruéis. Muito cruéis. Tem gente que tem dentro de si, entretanto, não apenas a capacidade (esta eu acho que todos temos), mas a vontade de maldade adormecida.
Sim! Quer conhecer uma pessoa? Dê poder ou então veja ela enfurecida. Aí os sentimentos mais adormecidos vem à tona. Quem é doce pode virar amargo. Quem é religioso renega todos os princípios... Estranho né?

Por falar em religião - e não me cabe discutir isto aqui, já que cada um tem suas escolhas - ... só queria reforçar aqui, como tenho dito tantas vezes, que cda um tem seu livre-arbítrio... Logo, não cabe a líder religioso nenhum ditar o que devemos comer, beber ou se devemos não trabalhar ou fazer nada em determinado dia da semana. Ou então quanto (sim! dinheiro... ¬¬') devemos dar à igreja, templo ou seja o que for.
Podem brigar comigo, mas pra mim, pecado e heresia mesmo é fazer o mal, é a indiferença, é o ódio, a intolerância, o preconceito, a falta de diálogo, os julgamentos que nós insistimos em fazer, a falta de respeito... E sobretudo a falta de amor e compreensão para consigo mesmo e para com o próximo.

Eu sei que foi meio do nada colocar estes parágrafos acima por aqui. Mas estou me recordando das minhas reflexões sob o Ipê Branco.

Senti saudade de não estar acompanhada hoje sob o Ipê Branco. Entretanto, prometi visitá-lo sempre que pudesse. E, entretanto, a gente tem que aprender a superar algumas ausências, não é mesmo?

Algumas a gente leva algum tempo pra superar. Outras talvez sejam insuperáveis. Em qualquer dos dois casos, o que a gente pode procurar é apenas a doce lembrança de coisas sutis mas que faziam a diferença. Ou algum remorso por não dar valor a alguns momentos e hoe sentir INFINITAMENTE a falta deles.

E ela vinha, toda contente a me dizer algo novo.
"Toc toc", dizia, fazendo o gesto de bater numa porta.
"Quem é?" , eu sempre perguntava, observando seu rostinho divertido
"Banana!" , e começava a gargalhar.
"Banana quem?" , eu nunca entendia.
"Banana eu, oras." , e se ria muito por eu não ter entendido.
Hoje acho que entendo.

"As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas,
e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando."
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupery


PS1: Força Roddy! É difícil não ter você por perto... Mas em pensamento, estou sempre contigo!

PS2: Pêssego pra todos vocês! =D Rá!